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Activistas lançam campanha nos EUA para declarar Presidente 'persona non grata'

Um grupo de activistas lançou na quarta-feira, em Los Angeles, uma campanha nacional para que os autarcas das cidades mais importantes dos Estados Unidos declarem o Presidente Donald Trump 'persona non grata'.

Se os últimos dias de Obama foram marcados por uma crescente tensão com Moscovo, os primeiros de Trump vieram confirmar o desejo de uma aproximação. Um dos primeiros telefonemas oficiais, no final de Janeiro, foi para o Kremlin. A conversa com Putin versou sobre o combate ao terrorismo. A proximidade tem suscitado polémica, que remonta ao período da campanha. O primeiro director, Paul Manafort, demitiu-se após a notícia de ligações a Moscovo. Os contactos com a Rússia provocaram a queda do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, e no domingo surgiram notícias que envolvem outras figuras próximas do Presidente. Na Europa, teme-se que Trump ponha fim, unilateralmente, às sanções decretadas após o apoio militar da Rússia aos rebeldes  na Ucrânia.
reuters
06 de Abril de 2017 às 07:45
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"Estamos a pedir ao presidente da câmara [Eric] Garcetti que se una a nós e rejeite de forma simbólica as políticas de Trump, e assim crie uma resistência visível", disse o director da campanha, Joseph Keating.

Um grupo de residentes de Los Angeles (costa oeste) reuniu-se na quarta-feira junto à câmara municipal da cidade, onde entregou uma carta ao autarca e vereadores, pedindo-lhes que adiram à iniciativa.

Com a classificação 'persona non grata', os activistas pretendem expressar que as políticas de Trump não são bem-vindas, nem a forma como está a tratar os temas da imigração, ambiente, ligações à Rússia e cortes no orçamento de áreas vitais.

"Escolhemos Los Angeles porque queremos que esta cidade seja líder nesta estratégia que nasce dos eleitores", explicou Keating.

Os autarcas de Seattle (Washington) e Portland (Oregon) receberam uma cópia da mesma carta, e outras estão a ser preparadas para Nova Iorque, Boston (Massachusetts) e algumas cidades da Florida.

A proposta chega quando a popularidade do Presidente continua em queda, indicam as últimas sondagens.

De acordo com uma sondagem divulgada na terça-feira, a popularidade do republicano está abaixo do pior momento do antecessor, o democrata Barack Obama, com 35% de aceitação popular.

A sondagem, realizada pela Universidade de Quinnipiac, acrescenta que 57% dos norte-americanos critica a gestão do Presidente.

"Trump é um mentiroso e não vamos deixar que nos continue a intimidar e ofender todos os dias", afirmou Keating.

Esta não é a primeira vez que Trump é considerado 'persona non grata'.

A 11 de março de 2011, a Cidade do Panamá declarou o magnata do imobiliário 'persona non grata', na sequência de uma entrevista durante a qual Trump afirmou que os Estados Unidos foram "estúpidos" ao oferecer o Canal do Panamá a troco de nada.

Também a 31 de Agosto de 2016, a Assembleia Legislativa do Distrito Federal do México declarou Trump 'persona non grata', apesar de a decisão não ter tramitado, pela ofensa aos mexicanos e a posição sobre a ampliação do muro fronteiriço.

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