Notícia
A economia brasileira em três gráficos
Depois da recessão vivida em 2015 e 2016, a economia brasileira recuperou. Contudo, continua a crescer abaixo do potencial, faltam-lhe reformas que ajudem a impulsionar o crescimento e a taxa de desemprego continua nos dois dígitos.
PIB cresce mais depressa, mas continua abaixo do potencial
Taxa de variação real do PIB, em %
Em 2015 e 2016 a economia brasileira afundou significativamente: o PIB encolheu 3,5% no primeiro ano e outros 3,6% no segundo. Depois, em 2017 o Brasil entrou numa recuperação lenta, tendo a actividade aumentado apenas 1%. Para este ano, as projecções do Fundo Monetário Internacional apontam para um ritmo ligeiramente mais rápido (1,8%) e novamente uma aceleração em 2019 (para 2,5%). Os motores do crescimento são fundamentalmente o consumo e o investimento. Ainda assim, a economia continua a crescer abaixo do potencial e o FMI avisa que o país enfrenta riscos relevantes, ao nível por exemplo, do impacto do proteccionismo.
Em 2015 e 2016 a economia brasileira afundou significativamente: o PIB encolheu 3,5% no primeiro ano e outros 3,6% no segundo. Depois, em 2017 o Brasil entrou numa recuperação lenta, tendo a actividade aumentado apenas 1%. Para este ano, as projecções do Fundo Monetário Internacional apontam para um ritmo ligeiramente mais rápido (1,8%) e novamente uma aceleração em 2019 (para 2,5%). Os motores do crescimento são fundamentalmente o consumo e o investimento. Ainda assim, a economia continua a crescer abaixo do potencial e o FMI avisa que o país enfrenta riscos relevantes, ao nível por exemplo, do impacto do proteccionismo.
Dívida vai furar os 90% e riscos sobem com política mais restritiva
Dívida pública bruta e défice orçamental global, em % do PIB
Apesar das restrições aplicadas à despesa - está congelada em termos nominais - a dívida pública brasileira vai continuar a subir. O FMI frisa a importância de o Governo cumprir as medidas de ajustamento orçamental para baixar o défice, já que o Brasil corre o risco de comprometer a confiança dos mercados na sustentabilidade da sua dívida. Além disso, num cenário global de aperto progressivo das políticas monetárias, com a Reserva Federal a apertar as condições e o Banco Central Europeu também a retirar, lenta mas progressivamente, os estímulos monetários, os riscos para o Brasil são crescentes.
Apesar das restrições aplicadas à despesa - está congelada em termos nominais - a dívida pública brasileira vai continuar a subir. O FMI frisa a importância de o Governo cumprir as medidas de ajustamento orçamental para baixar o défice, já que o Brasil corre o risco de comprometer a confiança dos mercados na sustentabilidade da sua dívida. Além disso, num cenário global de aperto progressivo das políticas monetárias, com a Reserva Federal a apertar as condições e o Banco Central Europeu também a retirar, lenta mas progressivamente, os estímulos monetários, os riscos para o Brasil são crescentes.
Emprego está a subir, mas é sobretudo informal
Taxa de desemprego, em %
As condições no mercado de trabalho têm vindo a melhorar, com a taxa de desemprego a cair. Ainda assim, continua nos dois dígitos e a criação de emprego tem sido sobretudo na economia informal. Esta é uma característica que se acentuou depois da crise de 2015-2016, nota o FMI. A criação de empregos informais tem consequências negativas em vários sentidos. Desde logo, são empregos menos protegidos e que são preferencialmente ocupados pelas fatias já mais desfavorecidas da população. Deste modo, eliminam-se os ganhos que se tinham conseguido ao nível de correcção das desigualdades. Além disso, representam menos receita pública.
As condições no mercado de trabalho têm vindo a melhorar, com a taxa de desemprego a cair. Ainda assim, continua nos dois dígitos e a criação de emprego tem sido sobretudo na economia informal. Esta é uma característica que se acentuou depois da crise de 2015-2016, nota o FMI. A criação de empregos informais tem consequências negativas em vários sentidos. Desde logo, são empregos menos protegidos e que são preferencialmente ocupados pelas fatias já mais desfavorecidas da população. Deste modo, eliminam-se os ganhos que se tinham conseguido ao nível de correcção das desigualdades. Além disso, representam menos receita pública.