Notícia
Bolsonaro com mais de 40% de intenções de voto nas últimas sondagens antes das eleições
O candidato de extrema direita recebe mais de 40% das intenções de voto nas últimas sondagens conhecidas antes das eleições que decorrem este domingo no Brasil.
PIB cresce mais depressa, mas continua abaixo do potencial
Em 2015 e 2016 a economia brasileira afundou significativamente: o PIB encolheu 3,5% no primeiro ano e outros 3,6% no segundo. Depois, em 2017 o Brasil entrou numa recuperação lenta, tendo a actividade aumentado apenas 1%. Para este ano, as projecções do Fundo Monetário Internacional apontam para um ritmo ligeiramente mais rápido (1,8%) e novamente uma aceleração em 2019 (para 2,5%). Os motores do crescimento são fundamentalmente o consumo e o investimento. Ainda assim, a economia continua a crescer abaixo do potencial e o FMI avisa que o país enfrenta riscos relevantes, ao nível por exemplo, do impacto do proteccionismo.
Dívida vai furar os 90% e riscos sobem com política mais restritiva
Apesar das restrições aplicadas à despesa - está congelada em termos nominais - a dívida pública brasileira vai continuar a subir. O FMI frisa a importância de o Governo cumprir as medidas de ajustamento orçamental para baixar o défice, já que o Brasil corre o risco de comprometer a confiança dos mercados na sustentabilidade da sua dívida. Além disso, num cenário global de aperto progressivo das políticas monetárias, com a Reserva Federal a apertar as condições e o Banco Central Europeu também a retirar, lenta mas progressivamente, os estímulos monetários, os riscos para o Brasil são crescentes.
Emprego está a subir, mas é sobretudo informal
As condições no mercado de trabalho têm vindo a melhorar, com a taxa de desemprego a cair. Ainda assim, continua nos dois dígitos e a criação de emprego tem sido sobretudo na economia informal. Esta é uma característica que se acentuou depois da crise de 2015-2016, nota o FMI. A criação de empregos informais tem consequências negativas em vários sentidos. Desde logo, são empregos menos protegidos e que são preferencialmente ocupados pelas fatias já mais desfavorecidas da população. Deste modo, eliminam-se os ganhos que se tinham conseguido ao nível de correcção das desigualdades. Além disso, representam menos receita pública.
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Já de acordo com as sondagens divulgadas pelo instituto Datafolha, Bolsonaro alcança os 40% e Fernando Haddad mantém-se com 25% das preferências do eleitorado brasileiro.
O candidato da extrema-direita conseguiu manter a liderança da corrida presidencial até à véspera do dia da eleição, mas sem votos suficientes para acabar com a disputa numa primeira volta.
Bolsonaro mantém uma vantagem que oscila entre os 15 e 16 pontos sobre o candidato do Partido dos Trbalhadores (PT) Fernando Haddad. Caso estas posições se mantenham nas urnas no domingo, serão estes os dois candidatos a enfrentar-se na segunda volta marcada para dia 28 de Outubro.
Quanto aos restantes candidatos, Ciro Gomes do Partido Democrático Trabalhista (PDT) encontra-se na terceira posição, tendo alcançado os 15% das intenções voto, distanciando-se do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que obteve com 8%, posicionando-se em quarto lugar.
A ex-senadora Marina Silva (Rede) ficou empatada com o ex-banqueiro João Amoêdo (Novo), ambos com 3% das intenções de voto, segundo o jornal Folha de São Paulo.
Numa análise da taxa de rejeição, o candidato da extrema-direita oscilou dos 42% para 43%, e o afilhado de Lula da Silva no PT, Haddad, passou de 37% para 36%.
Atrás deles, a maior rejeição é a de Marina Silva, com 22%, seguindo-se Alckmin com 16% e Ciro com 15%.
Cerca de 147 milhões de brasileiros estão aptos a votar este domingo na primeira volta das presidenciais. Caso nenhum candidato atinja a marca de 50% dos votos válidos, haverá uma segunda volta com os dois primeiros colocados, que está marcada para o dia 28 do deste mês.
As urnas de voto serão abertas pelas 08:00 e têm o seu encerramento previsto para as 17:00 de cada fuso horário. As últimas urnas electrónicas a fechar serão no estado do Acre, 21:00 em Lisboa.