Notícia
União Europeia revê relações com Egipto
O presidente da Comissão Europeia e do Conselho Europeu anunciaram este fim-de-semana que "em conjunto com os Estados-Membros, a União Europeia vai reavaliar com urgência as relações com o Egipto e as medidas a adoptar" para que se promova "o fim da violência e o regresso ao diálogo político e ao processo democrático."
O Egipto está a entrar num quadro de guerra civil desde que a violência nas ruas se agravou a partir de quarta-feira, 14 de Agosto. Nesse dia, centenas de manifestantes que apoiavam o presidente deposto Mohammed Morsi são mortos. O número estimado de vítimas desde quarta-feira é de 600.
O ministro da Defesa e chefe do Exército egípcio, general Abdel Fatah al Sisi, disse no domingo que as Forças Armadas respeitam a vontade do povo, não querem poder mas advertiu os islamitas que não se vão vergar perante a violência. "Não vamos ficar impassíveis perante a destruição do país e as ameaças contra a população" disse Al-Sisi, num discurso no Cairo perante as chefias das forças de segurança.
O comunicado conjunto da Comissão e do presidente do Conselho é mais um passo no sentido da condenação europeia dos acontecimentos no Egipto. A posição da UE será avaliada esta segunda-feira na reunião de embaixadores. Uma decisão deverá ser adoptada ainda esta semana na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, admitindo-se que possa ser congelada a ajuda ao Egipto, conforme o que está a ser proposto pela França.
25 de Janeiro de 2011: Começam os protestos contra o Governo.
11 de Janeiro: O presidente Hosni Mubarak renuncia do cargo.
24 de Junho 2012: O candidato da Irmandade Muçulmuna Mohammed Morsi vence as eleições presidenciais.
26 de Dezembro de 2012:
Entra em vigor uma nova Constituição, depois de realizado um referendo.
3 de Julho 2013: Morsi é deposto pelos militares, na sequência de manifestações.