Notícia
Supremo anula presidenciais no Quénia, comissão eleitoral pede calma à população
O presidente da Comissão Eleitoral do Quénia pediu hoje calma aos cidadãos diante das novas eleições que deverão ocorrer em 60 dias, depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter anulado o sufrágio de 8 de Agosto.
01 de Setembro de 2017 às 15:49
"Apelamos aos quenianos a manterem a calma e a conterem-se para não minarem a estabilidade", afirmou Wafula Chebukati, recordando que o Supremo Tribunal ainda não tornou público o parecer detalhado e definitivo da sua decisão.
De acordo com o Tribunal, a Comissão Eleitoral do Quénia "cometeu irregularidades" durante as eleições "que afectaram a integridade do processo eleitoral".
Chebukati disse que a instituição eleitoral "tomou nota" das observações do Tribunal e irá fazer "mudanças internas de pessoal" necessárias para as próximas eleições.
O presidente do organismo eleitoral admitiu que "alguém tem de assumir a responsabilidade pelos erros cometidos", embora por enquanto tenha descartado a sua demissão, convidando ainda o Ministério Público a "investigar e a processar qualquer membro da Comissão Eleitoral" que tenha atuado ilegalmente.
O Supremo Tribunal de Justiça anulou a reeleição do atual Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, tendo ordenado a convocação de novas eleições num período máximo de dois meses.
Esta decisão é a resposta ao recurso interposto pela oposição, que desde o dia da eleição vinha denunciando irregularidades no processo eleitoral, que qualificou como uma "fraude".
O candidato da oposição, Raila Odinga, alegou que os votos electrónicos tinham sido pirateados e manipulados a favor do Presidente Uhuru Kenyatta, que ganhou um segundo mandato com mais de metade dos votos.
Kenyatta foi declarado vencedor no passado dia 11 de Agosto, com 54,27% dos votos, contra os 44,74% conseguidos por Odinga, que aos 72 anos se candidatava pela quarta vez, depois de ter sido derrotado em 1997, 2007 e 2013.
O anúncio da vitória de Kenyatta desencadeou dois dias de protestos e motins reprimidos pela polícia em bairros da lata de Nairobi e no oeste do país, bastiões da oposição.
Pelo menos 21 pessoas, entre as quais um bebé e uma menina de nove anos, foram mortos a 11 e 12 de Agosto, quase todos pela polícia, segundo um balanço da agência noticiosa francesa France-Presse (AFP).
A organização não-governamental Human Rights Watch estimou que o escrutínio foi "marcado por graves violações dos direitos humanos, incluindo assassínios ilegais e espancamentos pela polícia em manifestações e operações de busca em casas do oeste do Quénia".
De acordo com o Tribunal, a Comissão Eleitoral do Quénia "cometeu irregularidades" durante as eleições "que afectaram a integridade do processo eleitoral".
O presidente do organismo eleitoral admitiu que "alguém tem de assumir a responsabilidade pelos erros cometidos", embora por enquanto tenha descartado a sua demissão, convidando ainda o Ministério Público a "investigar e a processar qualquer membro da Comissão Eleitoral" que tenha atuado ilegalmente.
O Supremo Tribunal de Justiça anulou a reeleição do atual Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, tendo ordenado a convocação de novas eleições num período máximo de dois meses.
Esta decisão é a resposta ao recurso interposto pela oposição, que desde o dia da eleição vinha denunciando irregularidades no processo eleitoral, que qualificou como uma "fraude".
O candidato da oposição, Raila Odinga, alegou que os votos electrónicos tinham sido pirateados e manipulados a favor do Presidente Uhuru Kenyatta, que ganhou um segundo mandato com mais de metade dos votos.
Kenyatta foi declarado vencedor no passado dia 11 de Agosto, com 54,27% dos votos, contra os 44,74% conseguidos por Odinga, que aos 72 anos se candidatava pela quarta vez, depois de ter sido derrotado em 1997, 2007 e 2013.
O anúncio da vitória de Kenyatta desencadeou dois dias de protestos e motins reprimidos pela polícia em bairros da lata de Nairobi e no oeste do país, bastiões da oposição.
Pelo menos 21 pessoas, entre as quais um bebé e uma menina de nove anos, foram mortos a 11 e 12 de Agosto, quase todos pela polícia, segundo um balanço da agência noticiosa francesa France-Presse (AFP).
A organização não-governamental Human Rights Watch estimou que o escrutínio foi "marcado por graves violações dos direitos humanos, incluindo assassínios ilegais e espancamentos pela polícia em manifestações e operações de busca em casas do oeste do Quénia".