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Nyusi aponta industrialização e agricultura como prioridades para Moçambique

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apontou a industrialização e a agricultura como prioridades para Moçambique, reiterando o empenho do Governo em recuperar a confiança dos parceiros internacionais para superar os desafios económicos que o país atravessa.

O Presidente moçambicano disse ter recebido com 'profunda mágoa e consternação' a notícia da morte de Mário Soares e que não é possível falar das relações entre os dois países sem referir a 'imponente figura' do antigo estadista português.
'A sua partida deixa um vazio difícil de preencher, porque não há como falar de Portugal e Moçambique sem se referir à sua imponente figura na construção desta amizade, e deste entendimento que hoje perdura, irmanando os dois países', afirmou Filipe Nyusi, numa mensagem difundida no portal da Presidência moçambicana. O chefe de Estado recordou Mário Soares como 'um dos que se juntaram ao povo moçambicano no culminar da luta pela independência' e que, através do seu papel na descolonização, 'permitiu a proclamação da independência total e completa de Moçambique'. O Presidente moçambicano disse que Mário Soares fez com que 'Moçambique e Portugal tivessem, ainda hoje, estes laços históricos em vários domínios, e cujo futuro está cimentado no mais profundo sentimento de amizade e irmandade'. O seu contributo coloca-o como 'destacável personagem na manutenção das relações entre os dois estados e povos, que guardam a sua memória num nicho de respeito merecido', prosseguiu o Presidente moçambicano.
'Não há palavras suficientes que possam preencher o vazio deixado por Mário Soares, tanto para o povo português, assim como para o povo moçambicano, restando-nos apenas curvarmo-nos à grande figura de um homem que lutou pelo que sempre acreditou', declarou ainda Filipe Nyusi.
19 de Janeiro de 2017 às 20:24
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Falando durante uma cerimónia de saudação do corpo diplomático em Maputo, por ocasião do novo ano, Filipe Nyusi disse hoje que o desenvolvimento equilibrado de Moçambique passa por uma abordagem integrada entre o Governo e os parceiros internacionais, numa estratégia que deve valorizar a revitalização da produção nos sectores-chave da economia, como a agricultura e a indústria.

 

"Continuamos a desenvolver parcerias para estimular sectores estratégicos, como a agricultura, turismo e infraestruturas", afirmou o chefe de Estado moçambicano.

 

Filipe Nyusi elencou também como prioridade a recuperação da confiança dos parceiros internacionais, na sequência da suspensão do apoio do fundo Monetário Internacional (FMI) e do grupo de doadores do Orçamento do Estado, em resultado da descoberta de avultadas dívidas ocultadas nas contas públicas.

 

"O Governo continua empenhado em restabelecer a confiança junto dos parceiros bilaterais e multilaterais", declarou o Presidente moçambicano, acrescentando que o Executivo moçambicano quer "viabilizar a retomada do apoio e reforçar os mecanismos de transparência na prestação de contas".

 

O impacto das calamidades naturais, que só nesta época chuvosa já mataram 34 pessoas e afetaram mais de 70 mil, entre Outubro e Janeiro, foi apontado pelo chefe de Estado como um novo desafio para o país e o apoio dos parceiros internacionais foi, mais uma vez, apontado como indispensável para a sua superação. 

 

Face à crise que o país atravessa, prosseguiu o Presidente moçambicano, a aposta numa "estratégia de governação que valoriza a cooperação diplomática" poderá ajudar Moçambique a sair do mau momento, marcado por um aumento do custo de vida, desvalorização da moeda, aumento da inflação, uma crise política e militar que opõe o Governo e a principal força política de oposição e os impactos das calamidades naturais.

 

O chefe de Estado moçambicano reiterou o empenho do seu Executivo para alcançar a paz, destacando o compromisso com valores da democracia. "Queremos demonstrar o comprometimento do nosso país com valores internacionalmente aceites, como é a democracia e a boa governação política", afirmou.

 

Filipe Nyusi enalteceu ainda a importância de estratégias coordenadas a nível regional e referiu que a adopção de medidas corajosas constituiu um dos principais elementos para o desenvolvimento dos países da África Austral.

 

"A nossa aposta continua a incidir sobre o estímulo de sinergias para atingir os resultados que desejamos, tendo sempre em conta os desafios económicos, sociais e culturais", declarou o Presidente moçambicano, que mencionou ainda o desenvolvimento, nos últimos tempos, das relações com os países asiáticos como um bom indicador. 

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