Notícia
Governo de Cabo Verde quer vender CV Handling dentro de seis meses
Com 498 trabalhadores, a empresa assistiu 1,2 milhões de passageiros nos aeroportos cabo-verdianos em 2023, e prevê chegar a 2,3 milhões em 2030.
20 de Fevereiro de 2024 às 19:45
O Governo cabo-verdiano quer vender, dentro de seis meses, a empresa CV Handling, que presta assistência ao transporte aéreo nos sete aeroportos e aeródromos do país, disse esta terça-feira fonte oficial.
"Temos uma estimativa de, mais ou menos, seis meses, [para] concluir este processo", previu Sandeney Fernandes, coordenador da Unidade de Acompanhamento do Setor Empresarial do Estado (UASE), em declarações à imprensa, na cidade da Praia, após lançamento do processo de privatização da empresa.
A venda vai ser feita de duas formas. Por um lado, através de concurso limitado, com qualificação prévia para seleção de um parceiro estratégico para aquisição de uma quota que pode ir até 51% das ações.
Por outro, será feita uma oferta pública de venda de 10% do capital social, sendo 5% para trabalhadores e, no mínimo, 5% para emigrantes cabo-verdianos, nestes casos através da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC).
Nesta fase, toda a documentação será disponibilizada no portal do Ministério das Finanças, para manifestação de interesse de potenciais investidores, que acontece durante 30 dias, a partir do último anúncio que será publicado nos jornais internacionais na sexta-feira.
O coordenador avançou que será a partir do capital próprio, de 9,6 milhões de euros, que será feita uma avaliação de ativos, mas também de negócio da empresa, que teve um volume de negócios de 16 milhões de euros no ano passado.
"Neste processo, vai-se ao mercado com um mínimo necessário para negociação, mas sempre na perspetiva de conseguir um valor que seja muito superior àquilo que é a avaliação da empresa", salientou.
Além de comprovada capacidade financeira, o parceiro terá de ter conhecimento e experiência no setor, tendo prestado assistência em escala em três aeroportos, nos últimos cinco anos, e assistência de, pelo menos, 15 milhões de passageiros, anualmente, nos últimos três anos.
"Estamos a arrancar este processo com as cartas todas na mesa para avaliação, quer por parte da sociedade, quer por parte dos potenciais concorrentes", sublinhou Sandeney Fernandes.
Na sua intervenção, no encerramento de cerimónia, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, sublinhou a importância da empresa para o país e disse que o Governo quer atrair "grandes marcas" para o arquipélago.
"Nós queremos continuar a tirar partido da nossa localização", frisou, reforçando a ideia de transformar Cabo Verde num 'hub' aéreo, após, no ano passado, ter concedido a gestão dos aeroportos aos franceses da Vinci.
Criada em 2014, a CV Handling é a única operadora licenciada para a prestação de serviços de assistência ao transporte aéreo, mantendo a exclusividade até que cada aeroporto atinja um movimento igual ou superior a dois milhões de passageiros embarcados ou 25 mil toneladas de carga.
Com 498 trabalhadores, a empresa assistiu 1,2 milhões de passageiros nos aeroportos cabo-verdianos em 2023, e prevê chegar a 2,3 milhões em 2030, assistiu 13 mil aeronaves no ano passado e espera chegar às 27 mil dentro de seis anos.
Esta é a segunda empresa estatal cabo-verdiana a ser privatizada, este ano, depois da Oferta Pública de Venda (OPV) de 27,44% de ações da Caixa Económica, e estão também na lista empresas ligadas às operações portuárias, setor farmacêutico, telecomunicações, energia, estaleiros navais, transportes aéreos.
"Temos uma estimativa de, mais ou menos, seis meses, [para] concluir este processo", previu Sandeney Fernandes, coordenador da Unidade de Acompanhamento do Setor Empresarial do Estado (UASE), em declarações à imprensa, na cidade da Praia, após lançamento do processo de privatização da empresa.
Por outro, será feita uma oferta pública de venda de 10% do capital social, sendo 5% para trabalhadores e, no mínimo, 5% para emigrantes cabo-verdianos, nestes casos através da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC).
Nesta fase, toda a documentação será disponibilizada no portal do Ministério das Finanças, para manifestação de interesse de potenciais investidores, que acontece durante 30 dias, a partir do último anúncio que será publicado nos jornais internacionais na sexta-feira.
O coordenador avançou que será a partir do capital próprio, de 9,6 milhões de euros, que será feita uma avaliação de ativos, mas também de negócio da empresa, que teve um volume de negócios de 16 milhões de euros no ano passado.
"Neste processo, vai-se ao mercado com um mínimo necessário para negociação, mas sempre na perspetiva de conseguir um valor que seja muito superior àquilo que é a avaliação da empresa", salientou.
Além de comprovada capacidade financeira, o parceiro terá de ter conhecimento e experiência no setor, tendo prestado assistência em escala em três aeroportos, nos últimos cinco anos, e assistência de, pelo menos, 15 milhões de passageiros, anualmente, nos últimos três anos.
"Estamos a arrancar este processo com as cartas todas na mesa para avaliação, quer por parte da sociedade, quer por parte dos potenciais concorrentes", sublinhou Sandeney Fernandes.
Na sua intervenção, no encerramento de cerimónia, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, sublinhou a importância da empresa para o país e disse que o Governo quer atrair "grandes marcas" para o arquipélago.
"Nós queremos continuar a tirar partido da nossa localização", frisou, reforçando a ideia de transformar Cabo Verde num 'hub' aéreo, após, no ano passado, ter concedido a gestão dos aeroportos aos franceses da Vinci.
Criada em 2014, a CV Handling é a única operadora licenciada para a prestação de serviços de assistência ao transporte aéreo, mantendo a exclusividade até que cada aeroporto atinja um movimento igual ou superior a dois milhões de passageiros embarcados ou 25 mil toneladas de carga.
Com 498 trabalhadores, a empresa assistiu 1,2 milhões de passageiros nos aeroportos cabo-verdianos em 2023, e prevê chegar a 2,3 milhões em 2030, assistiu 13 mil aeronaves no ano passado e espera chegar às 27 mil dentro de seis anos.
Esta é a segunda empresa estatal cabo-verdiana a ser privatizada, este ano, depois da Oferta Pública de Venda (OPV) de 27,44% de ações da Caixa Económica, e estão também na lista empresas ligadas às operações portuárias, setor farmacêutico, telecomunicações, energia, estaleiros navais, transportes aéreos.