Notícia
Portugal vai beneficiar em 2018 com as mudanças em Angola?
Portugal rejubilou com a onda de exonerações promovida por João Lourenço. Passada a euforia fica uma certeza. Enquanto não se encerrar o caso Manuel Vicente, as relações bilaterais vão continuar no congelador.
O novo Presidente de Angola prometeu "moralizar" a sociedade e exonerou de cargos públicos mais de uma dezena de figuras ligadas ao seu antecessor, José Eduardo dos Santos, entre as quais Isabel dos Santos.
A vontade revelada por João Lourenço de combater a corrupção e a limpeza do aparelho do Estado, em teoria, são duas ferramentas amigas dos empresários e dos investidores. Contudo, não é expectável que os portugueses venham a beneficiar do novo quadro político-económico de Angola. Pelo contrário.
Antes de mais porque João Lourenço, no seu discurso de tomada de posse, a 26 de Setembro, deixou Portugal fora da lista dos principais parceiros. E depois, como avisou, no final de Novembro, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, enquanto o caso Manuel Vicente não tiver uma resolução, as relações bilaterais ficarão no congelador. "Este já não é um caso individual de justiça, é um caso do Estado angolano e enquanto não tiver um desfecho, o Estado angolano não se moverá nas acções de cooperação com Portugal, e competirá às autoridades do Estado português verem se vale a pena esta guerra", declarou o diplomata.
Neste quadro, Portugal irá continuar a perder terreno enquanto parceiro institucional de Angola, o que mitigará as oportunidades de investimento no país. E perderá espaço para países como a França, Espanha , Alemanha e Reino Unido.
Naturalmente, não haverá hostilização das empresas nacionais, dado que o Estado angolano reconhece a sua importância para o funcionamento da economia. Mas será uma mera relação comercial, sem qualquer mais-valia política.
A vontade revelada por João Lourenço de combater a corrupção e a limpeza do aparelho do Estado, em teoria, são duas ferramentas amigas dos empresários e dos investidores. Contudo, não é expectável que os portugueses venham a beneficiar do novo quadro político-económico de Angola. Pelo contrário.
Neste quadro, Portugal irá continuar a perder terreno enquanto parceiro institucional de Angola, o que mitigará as oportunidades de investimento no país. E perderá espaço para países como a França, Espanha , Alemanha e Reino Unido.
Naturalmente, não haverá hostilização das empresas nacionais, dado que o Estado angolano reconhece a sua importância para o funcionamento da economia. Mas será uma mera relação comercial, sem qualquer mais-valia política.