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Paulo Portas: transição em Angola "é para levar a sério"

O antigo vice-primeiro-ministro recusou-se a comentar o relacionamento entre Portugal e Angola, referindo apenas que o relacionamento com os países lusófonos é muito importante para a afirmação de Portugal no mundo.

16 de Janeiro de 2018 às 15:03
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O vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), Paulo Portas, afirmou esta terça-feira, 16 de Janeiro, que a transição em Angola "é para levar a sério" e não "cosmética" como alguns analistas disseram.

 

Falando num encontro com empresários na sede da CCIP, em Lisboa, sobre as perspectivas económicas e riscos políticos para 2018 em diferentes geografias do mundo, o ex-ministro e ex-líder do CDS-PP disse que no caso de Angola "é uma transição para levar a sério", tendo também sinalizado como positivas as mudanças na política cambial e na de concorrência daquele país africano.

 

"Era evidente que havia na própria comunidade internacional a expectativa de que houvesse também mudanças na política cambial [mais flexível] e na política de concorrência", lembrou ainda aos jornalistas no final do encontro.

 

Parlo Portas realçou que estas mudanças são "muito importantes" para as empresas poderem expatriar os dividendos e fazerem os seus pagamentos.

 

O actual Presidente da República de Angola, João Lourenço, foi eleito nas eleições gerais angolanas de 23 de agosto, tendo sucedido à liderança de 38 anos de José Eduardo dos Santos.

 

Sobre o relacionamento entre Portugal e Angola Portas não quis fazer nenhum comentário, tendo referido apenas aos jornalistas que "o relacionamento [de Portugal] com os países lusófonos é muito importante, não apenas para a economia [portuguesa], mas para a afirmação [de Portugal] no mundo".

 

De acordo com Paulo Portas, o foco da sua intervenção "foi global", sendo que na ocasião abordou temas como os desafios da União Europeia, o impacto da administração Trump, o papel da China na política internacional, a crise do Médio Oriente, a evolução dos países da América Latina, o posicionamento geopolítico da Rússia e a situação em diversos países em África.

 

O que interessa às empresas portuguesas "é procurar olhar para o mundo", sublinhou Paulo Portas, lembrando que Portugal fez "um grande caminho" para ter uma economia mais exportadora e que "precisa [actualmente] como de pão para a boca" de capturar investimento.

 

Logo, "os empresários necessitam de saber onde há riscos e oportunidades", pelo que se trata de "uma questão relevante".

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