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Passos preocupado "que haja uma degradação da relação bilateral" entre Portugal e Angola

O líder do PSD manifestou preocupação perante uma eventual "degradação da relação bilateral" entre Portugal e Angola devido ao caso que envolve o vice-Presidente angolano e sublinhou que Governo e tribunais "são coisas separadas".

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
24 de Fevereiro de 2017 às 22:01
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"Preocupa-me que haja, do ponto de vista oficial, a assunção por parte do Governo de Angola de que pode haver prejuízo para as relações bilaterais entre os dois Governos o facto de ter havido notícia de que o vice-presidente de Angola poderia estar arguido num processo de corrupção activa", disse Pedro Passos Coelho.

 

O líder dos social-democratas disse que não lhe cabe "fazer juízos sobre a circunstância de base", ou seja, sobre se o vice-Presidente de Angola "é ou não arguido", porque "isso cabe à justiça", e sublinhou a sua preocupação com as consequências deste caso.

 

"Preocupa-me que haja uma degradação da relação bilateral. Espero que não haja por parte do Governo de Angola nenhuma confusão quanto à separação de poderes que existe em Portugal. Os governos não respondem pelos tribunais e os tribunais não respondem por aquilo que os governos fazem. São coisas separadas", disse o presidente do PSD.

 

O Governo angolano classificou hoje como "inamistosa e despropositada" a forma como as autoridades portuguesas divulgaram a acusação do Ministério Público de Portugal ao vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, e alertou que essa acusação ameaça as relações bilaterais.

 

Na sequência destas considerações o ministro dos Negócios Estrangeiros português sublinhou as "relações densas" entre Portugal e Angola e garantiu que a programada visita do primeiro-ministro a Luanda não está comprometida devido a recentes decisões judiciais.

 

Convidado a comentar esta matéria, Pedro Passos Coelho, que falava, no Porto, à margem de uma visita à Essência do Vinho, disse esperar que "a relação entre os dois países não fosse afectada por aquilo que se passa na esfera judicial".

 

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