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João Lourenço diz que UNITA cria coligação porque não consegue vencer sozinha o MPLA

O Presidente angolano afirmou esta quinta-feira, em Luanda, que a UNITA, maior partido da oposição, pretende concorrer em coligação com outras forças políticas, nas eleições gerais deste ano, porque não está preparada para vencer sozinha o MPLA.

O FMI tem elogiado as reformas levadas a cabo por João Lourenço.
Alexei Druzihnin/EPA
06 de Janeiro de 2022 às 15:02
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João Lourenço, que falava numa entrevista concedida a cinco órgãos de informação, entre os quais quatro angolanos (Expansão, TV Zimbo, Jornal de Angola e o O País) e à Agência Lusa, aos quais foi pedido o envio prévio de duas perguntas, abordou além da política do país, questões sobre a economia, justiça e situação social.

O chefe de Estado angolano disse que a oposição, desde as primeiras eleições gerais realizadas em Angola, em 1992, tem feito uma má leitura do "teatro das operações" político do país.

"Desde as primeiras eleições de 1992, que a oposição de forma errada" tem feito uma "má avaliação do teatro das operações": Já "nas eleições de 92 diziam que o MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola, no poder] não tinha hipótese, pelo simples facto de, até àquela altura, ter sido partido único. Com a abertura para o multipartidarismo, antes das eleições acontecerem, já diziam 'calças novas em setembro'", mas isso "não aconteceu, nem nas eleições seguintes", disse João Lourenço.

Para João Lourenço, "mais uma vez também para estas eleições [em setembro de 2022], continua a haver essa má avaliação do teatro das operações".

"No fundo, no fundo, o simples facto de o nosso principal adversário recorrer a uma espécie de coligação" a que "estão a chamar Frente Patriótica Unida, para enfrentar o MPLA, isso só significa dizer que, se calhar, estão pior do que estavam há uns anos atrás, nas eleições anteriores", frisou.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, na oposição), liderada por Adalberto da Costa Júnior, já anunciou que irá fazer uma candidatura conjunta, com várias forças opositoras e figuras da sociedade civil numa tentativa de ganhar as eleições de agosto.

 
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