Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Antigo representante da GE em Angola condenado a sete anos de prisão

Wilson da Costa era acusado pela departamento de justiça norte-americano de utilizar documentos falsificados para convencer o governo de Angola a rescindir contratos com outra empresa, a portuguesa Aenergy.

10 - General Electric – O gigante industrial fecha o lote das dez marcas mais valiosas, sendo uma das nove empresas norte-americanas que constam deste ranking. A sucessora dos esforços de Edison vale 32,2 mil milhões.
REUTERS
27 de Março de 2025 às 13:45
  • ...

Wilson da Costa, antigo representante da norte-americana General Electric (GE) em Angola foi condenado por um Tribunal Federal de Nova Iorque a sete anos de prisão efetiva e mais três anos de liberdade condicional. Esta sentença conforma a decisão de júri de 18 de novembro de 2024, considerando-o culpado dos crimes de falsificação de documento e usurpação de identidade.

O tribunal decidiu ainda apreender cinco milhões de dólares a Wilson da Costa, tendo-lhe igualmente aplicado uma multa de 100 mil dólares. A sentença foi proferida esta quinta-feira, 27 de março. Wilson da Costa usava, entre outros, os nomes de Watson Bisong, Wilson Dakosta e Watson Bisong Dacosta.

O antigo represente da GE em Angola era acusado pela departamento de justiça norte-americano de utilizar documentos falsificados para convencer o governo de João Lourenço a rescindir contratos com outra empresa, a portuguesa Aenergy de Ricardo Leitão Machado num projeto de energia e água no valor de 1,1 mil milhões de dólares.

A justiça dos EUA argumentava que as práticas ilícitas de Wilson da Costa em Angola, que passaram pela falsificação de documentos, beneficiaram a GE. Tal como Negócios noticiou em 2023, num processo paralelo, a GE chegou a acordo com a Aenergy para que esta desistisse dos processos que entretanto tinha colocado contra a multinacional.

A Aenergy foi inicialmente contratada para construir e operar centrais elétricas em Angola, utilizando uma linha de crédito da GE no valor de 1,1 mil milhões de dólares, mas o negócio caiu por terra em 2019, após o Governo angolano ter acusado a empresa comprar mais turbinas do que as autorizadas. A Aenergy alegava que a GE tinha manipulado as vendas de turbinas para aumentar os lucros e depois ludibriou as autoridades angolanas para afastar a Aenergy dos projetos.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio