Notícia
Vistos Gold: Ex-presidente do IRN António Figueiredo em prisão domiciliária
O ex-presidente do Instituto de Registos e do Notariado (IRN) António Figueiredo passou esta sexta-feira de prisão preventiva para domiciliária com pulseira electrónica, no processo dos "Vistos Gold", disse à Lusa fonte dos serviços de reinserção.
Segundo a mesma fonte, a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais foi notificada pelo Tribunal Central de Instrução Criminal da alteração da medida de coacção aplicada a António Figueiredo, tendo a colocação da pulseira electrónica ficado marcada para as 19:00 de hoje.
António Figueiredo estava em prisão preventiva desde Novembro de 2014, sendo o único arguido no caso dos "Vistos Gold" que ainda estava sujeito à medida de coacção mais gravosa.
A 14 de Outubro, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu manter António Figueiredo em prisão preventiva, ao rejeitar um recurso deste arguido.
Em anteriores decisões, a Relação já tinha negado provimento a recursos de António Figueiredo que, através do seu advogado Rui Patrício, contestavam a medida de coacção de prisão preventiva aplicada pelo Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).
A Operação Labirinto, que envolveu várias buscas e 11 detenções a 18 de Novembro de 2014, está relacionada com a aquisição de vistos 'gold' e investiga indícios de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.
O caso envolve também a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes, o ex-director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) Jarmela Palos, o sócio-gerente da empresa JMF Projects and Business, Jaime Gomes, os funcionários do IRN Paulo Eliseu, Paulo Vieira, José Manuel Gonçalves e Abílio Silva, entre outros.
O processo provocou a demissão do então ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que, em Setembro último, foi constituído arguido após ser inquirido pelo Ministério Público.