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Vistos “gold” caem a pique em Janeiro

O investimento captado através dos vistos “gold”, que tinha caído para metade em 2015 face ao ano anterior, foi de apenas 39 milhões de euros no primeiro mês deste ano, em resultado da atribuição de 65 autorizações de residência (menos 30 do que em Dezembro passado).

Correio da Manhã
11 de Fevereiro de 2016 às 18:05
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Depois de já ter registado a captação mensal de 126 milhões de euros de investimento estrangeiro, o programa de autorizações de residência para investimento (ARI), vulgo vistos "gold", rendeu apenas 39 milhões de euros no primeiro mês de 2016, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Menos 38,6 milhões de euros do que no mês anterior, em resultado da atribuição de 65 ARI, menos um terço face aos 95 concedidos em Dezembro passado.

 

Por nacionalidade, em Janeiro foram atribuídas autorizações de residência a 46 cidadãos oriundos da China, cinco do Brasil, dois da Rússia e 12 de outros países. Por via do requisito da aquisição de bens imóveis foram concedidas 62 das 65 ARI.

 

Em 2015 tinham sido atribuídos 766 vistos "gold", cerca de metade face aos 1.526 concedidos em 2014, o melhor ano de sempre deste programa de captação de investimento para Portugal. Em 2013 tinham sido atribuídos 494.

 

Desde o início do programa, que arrancou em Outubro de 2012, foram atribuídas 2.853 autorizações de residência, totalizando um investimento de 1,732 mil milhões de euros, dos quais 1,564 mil milhões (90,2% do total) resultam da compra de bens imóveis.

 

Em pouco mais de dois anos, foram atribuídos 2.853 vistos "gold", dos quais 2.697 por via da compra de imóveis, 151 por transferência de capitais e cinco pela criação de, no mínimo, 10 empregos.

 

Por nacionalidades, a China continua a liderar a concessão de ARI, com 2.248, seguida do Brasil, com 110, e da Rússia com 99. A África do Sul contabilizava 75 vistos e o Líbano 44.

 

O programa, que chegou a ser suspenso, foi alvo de alterações, que entraram em vigor em Setembro passado. Medidas que surgiram na sequência da investigação policial "Operação Labirinto", em Novembro de 2014, que levou à prisão preventiva de cinco de 11 arguidos por alegada corrupção, incluindo o anterior director nacional do SEF, Jarmela Palos, num processo que culminou na demissão do cargo do então ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

 

(Notícia actualizada às 18:25)
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