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Raríssimas: PJ faz buscas no Ministério da Saúde e na casa de Paula Brito e Costa  

Dezenas de inspectores da Unidade Nacional Contra a Corrupção estão a realizar várias buscas no âmbito de um processo-crime sobre a associação Raríssimas, avança a Sábado.

21 de Dezembro de 2017 às 09:14
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Dezenas de inspectores da Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária estão no terreno a fazer várias buscas relacionadas com um processo-crime sobre a associação Raríssimas.

 

A notícia está a ser avançada pela Sábado, que dá conta que as buscas estão a ser efectuadas na casa de Paula Brito e Costa, no gabinete do antigo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, e na Casa dos Marcos.

A Procuradoria-Geral da República, numa resposta à Lusa, confirmou a realização das buscas, "no âmbito do inquérito que se encontra em investigação no DIAP de Lisboa".

Segundo a mesma fonte da Polícia Judiciária (PJ), a operação está a ser dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a colaboração desta força de segurança.

Uma fonte da PJ especificou que o antigo gabinete do ex-secretário Manuel Delgado está a ser alvo de buscas. Questionado pela Lusa, o Ministério da Saúde disse não fazer comentários.

Outra fonte policial ligada à investigação deu conta da realização de buscas na sede da Raríssimas, em Lisboa, e num gabinete de contabilidade, referindo ainda que a casa de Paula Brito e Cunha se localiza em Odivelas (distrito de Lisboa).

A Casa dos Marcos, criada pela Raríssimas para prestar apoio a pessoas com doenças raras, situa-se na Moita, no distrito de Setúbal.

A direcção da Raríssimas determinou ontem a "suspensão preventiva por 30 dias", com efeitos imediatos, de Paula Brito da Costa, do cargo de directora-geral da associação, por indícios de "ilícito laboral".

 

Uma investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito da Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais. 

O caso provocou a demissão do secretário de Estado da saúde Manuel Delgado, que em 2013 e 2014 foi consultor da Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

 

A Sábado recorda que Paula Brito e Costa utilizou fundos públicos destinados à gestão da Raríssimas para gastos pessoais, como vestuário de alta costura, cursos de gestão para si e a sua família, bens alimentares caros e pagamento de deslocações, mesmo que já tivesse uma viatura para si paga pela Raríssimas. Além disso, Paula Brito e Costa auferia um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais. 

(notícia actualizada às 9:50 com mais informação)

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