Na sexta-feira foram detidas quarto pessoas no âmbito de uma investigação em que há "suspeitas de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção". José Sócrates, ex-primeiro-ministro, foi um dos detidos e deverá prestar declarações ao juiz de instrução Carlos Alexandre ainda este sábado.

Envolvido está também Carlos Santos Silva, ex-administrador do Grupo Lena e amigo de José Sócrates. O Expresso diz que o empresário frequentou o mesmo curso e partilhou o mesmo quarto que Sócrates, em Coimbra.

Carlos Silva é um empresário da Covilhã e, de acordo com alguns órgãos de comunicação, terá comprado, entre 2011 e 2012 três apartamentos de Maria Adelaide Carvalho Monteiro, mãe de Sócrates.

No caso que está a ser investigado, o Correio da Manhã e o jornal Sol dizem que alegadamente seria testa-de-ferro de contas bancárias do antigo primeiro-ministro na Suíça. 

Além de ter sido administrador do grupo Lena, Carlos Santos Silva, foi também administrador da Constrope e sócio da Conegil. 

É ainda gerente da Proengel, empresa que diz estar "vocacionada para a elaboração de Estudos e projectos de Engenharia e Arquitectura com particular ênfase nas áreas de: Edifícios, Vias de Comunicação e Obras de Arte, Saneamento Básico e Ambiente e Planeamento Urbanístico, propondo-nos fazê-lo usando as melhores e mais actualizadas metodologias disponíveis e os técnicos melhor qualificados",  de acordo com a informção disponível no site oficial da empresa.

Um terceiro detido está ligado precisamente à Proengel. De acordo com alguns meios de comunicação, Gonçalo Ferreira é advogado desta empresa.

O quarto detido é João Perna, motorista.

(Correcção: Notícia corrigida às 13h49 para corrigir o nome do quarto arguido. É João Perna e não um responsável da Octapharma)