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PGR confirma Paulo Gonçalves como arguido no caso dos emails

PGR corrigiu informação dada esta tarde à imprensa. Porém, Luís Filipe Vieira, Pedro Guerra e Adão Mendes não são arguidos no âmbito dos processos dos e-mails.

09 de Outubro de 2018 às 16:15
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou esta tarde que Luís Filipe Vieira, Paulo Gonçalves, Pedro Guerra e Adão Mendes não são arguidos no âmbito dos processos dos e-mails - o que veio a desmentir em parte mais tarde, à Sábado: Paulo Gonçalves é de facto arguido no processo dos emails. "O referido inquérito tem um arguido constituído, trata-se de Paulo Gonçalves", indica a resposta. Luís Filipe Vieira, Guerra e Mendes não. 

O Correio da Manhã avançou a notícia frisando a constituição como arguido do presidente do Benfica, mostrando um auto de exame preliminar a telemóveis da Polícia Judiciária (PJ) em que os nomes das quatro pessoas são assinalados na coluna com o nome "arguido". A contradição pode dever-se a várias causas.

Primeiro, ter-se-á a Polícia Judiciária enganado? É possível. O documento revelado pelo Correio da Manhã é uma informação interna da PJ, um registo burocrático em que se anotou que os telemóveis do presidente do Benfica, do seu ex-assessor jurídico, do ex-árbitro Adão Mendes e do comentador Pedro Guerra foram analisados. Mas ninguém precisa de ser arguido para serem permitidas buscas ou perícias que o atinjam – basta ser suspeito. Habitualmente, após essas operações, os suspeitos acabam por ser constituídos arguidos, mas não é obrigatório. O que terá acontecido aqui é que a PJ, por ter analisado os aparelhos, pode ter indicado que os seus donos eram arguidos – sem o serem.

Por outro lado, a questão dos arguidos. A PGR frisava que nem Luís Filipe Vieira, nem Pedro Guerra, nem Adão Mendes, nem Paulo Gonçalves eram arguidos nos "processos dos e-mails".  No entanto, em Fevereiro de 2018, o Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou um recurso de Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica, contestando a sua constituição como arguido no chamado "caso dos emails". Tal significa que Gonçalves foi constituído arguido - o que a PGR veio a corrigir. 

O caso dos emails já deu origem a pelo menos três inquéritos: um sobre o roubo dos emails, outro sobre a corrupção e o E-Toupeira. Este último investiga a fuga de informação na Justiça e surgiu na sequência da divulgação dos emails.
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