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Operação Fizz: Orlando Figueira foi posto em liberdade
O ex-procurador estava em prisão domiciliária por decisão colectiva de juízes, mas o tribunal reviu as medidas de coacção.
O colectivo de juízes tinha decidido manter o arguido em prisão domiciliária, considerando que existia o perigo de fuga "pelo facto de o arguido ter familiares a viver noutros países, contas bancárias domiciliadas no estrangeiro – nomeadamente em Andorra — e relações de grande proximidade em Angola, designadamente as que lhe advieram dos factos pelos quais foi acusado", justificaram os juízes.
Orlando Figueira, que responde em tribunal por corrupção, branqueamento, falsidade e violação do segredo de justiça, alegou várias vezes a sua inocência.
A 'Operação Fizz' assenta na acusação de que o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente corrompeu Orlando Figueira, com o pagamento de 760 mil euros, para que este arquivasse dois inquéritos, um deles relativo ao caso da empresa 'Portmill', relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril.
Manuel Vicente foi acusado de corrupção activa, mas o seu processo foi separado da 'Operação Fizz' no início do julgamento, numa altura de tensão nas relações diplomáticas entre Angola e Portugal e vários apelos públicos ao desanuviamento das mesmas.