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Odebrecht: Procurador da Venezuela não abrirá investigação contra Maduro

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse que não investigará o Presidente Nicolas Maduro, acusado pela ex-procuradora-geral Luisa Ortega de estar envolvido na rede de corrupção em torno do grupo brasileiro Odebrecht.

Reuters
08 de Setembro de 2017 às 21:51
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"A própria empresa negou tudo isso, não vamos trabalhar com base em especulações", disse em entrevista à agência francesa AFP, rejeitando também qualquer abertura de investigação contra o número dois do Governo da Venezuela, Diosdado Cabello.

 

Tarek William Saab disse que, apesar disto, pretendia investigar casos de subornos na Venezuela e acusou a ex-procuradora Luisa Ortega de não avançar nas investigações quando estava no cargo, antes de ser demitida a 5 de agosto pela Assembleia Constituinte. "Há apenas um arquivo de oito páginas sobre este assunto", criticou, sugerindo que o trabalho de sua antecessora foi mal feito.

 

A 24 de Agosto, na cidade de Brasília, Luisa Ortega, que é considerada fugitiva pelo Governo da Venezuela, acusou a Odebrecht de enviar 100 milhões de dólares (83 milhões de euros) a Diosdado Cabello através de uma empresa espanhola dos seus primos.

 

Luisa Ortega também disse que "o estado venezuelano pagou 300 milhões de dólares (249 milhões de euros) de dinheiro público para financiar obras que actualmente estão paralisadas".

 

O Grupo Odebrecht, uma das maiores construtoras da América Latina, está no cerne de um escândalo de corrupção que agita o continente, após confessar que pagava subornos para conseguir benefícios em contratos com a Petrobras e para a realização de obras de infra-estrutura dentro e fora do Brasil. 

 

O novo procurador venezuelano negou as acusações de sua antecessora contra Diosdado Cabello, afirmando que ele não recebeu dinheiro "para autorizar projectos não realizados". "Eu não entrarei em polémicas com ninguém", disse o procurador Tarek William Saab "mas alguém que afirmou que se sacrificaria pelo povo, que estaria nas ruas para reivindicar a liberdade das pessoas, mas viaja em iates e aviões privados de um país para outro numa tournée que custa muito dinheiro, contradiz a sua credibilidade", finalizou. 

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