Narciso Miranda, ex-autarca de Matosinhos, foi constituído arguido no âmbito de um processo judicial em que estão também envolvidos a sua filha e um ex-assessor da empresa Conforlimpa, Paulo Ferreira. Segundo noticia esta sexta-feira, 15 de Novembro, o semanário Sol, está em causa a prática de crimes de peculato e participação económica em negócio.

O Ministério Público, escreve o jornal, terá indícios de que Narciso Miranda se apropriou e usou em proveito próprio 63 mil euros de uma instituição a que presidiu até há cerca de dois anos, a Associação de Socorros Mútuos de São Mamede de Infesta.

O ex-autarca confirmou ao Sol a diligências, mas não comentou, alegando que estão em segredo de justiça.

As investigações em causa já decorrem há cerca de dois anos, quando Narciso Miranda deixou a instituição. Nessa altura foram noticiadas irregularidades várias, como a realização de despesas sem o conhecimento da restante administração, o uso do cartão da associação para pagar despesas particulares, a entrega de negócios a empresas em que era sócio-gerente ou que eram detidas por familiares directos (omitindo estas ligações aos colegas) e a alteração de actas das reuniões.