Notícia
Isabel dos Santos motiva buscas judiciais no Eurobic
A diligência conta com a presença do juiz Carlos Alexandre para validação imediata da apreensão de documentação, avança o Observador.
O Ministério Público está a realizar novas buscas judiciais no âmbito do caso Isabel dos Santos, desta vez no Eurobic, devido a documentação relacionada com um dos 17 inquéritos que visam a empresária, avançou o Observador.
As buscas estão a ser levadas a cabo pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) nas instalações do Eurobic, em Lisboa, e decorrem de novas diligências solicitadas por Angola.
Ao que o Observador apurou, a apreensão de documentação relevante para os autos de um dos 17 inquéritos que visam Isabel dos Santos, acionista do Eurobic, é o foco destas novas buscas.
"A consultora PwC e o seu ex-sócio Jaime Esteves também foram alvo de buscas no mesmo inquérito, mas ocorreram esta terça-feira. O procurador Rosário Teixeira, titular da investigação, liderou essas buscas, sendo que todas as diligências no Eurobic, PwC e Jaime Esteves foram autorizadas e contaram igualmente com a presença do juiz Carlos Alexandre para validar imediatamente a apreensão de documentação", refere a mesma publicação.
Segundo o Observador, Jaime Esteves não é arguido nos autos, tendo sido apenas alvo de buscas domiciliárias. A PwC e Jaime Esteves trabalharam com Isabel dos Santos no tempo em que a filha de José Eduardo dos Santos liderou a empresa pública Sonangol.
Uma parte das investigações abertas no DCIAP visa alegados crimes praticados em Portugal, nomeadamente ilícitos que terão sido financiados com o alegado desvio de fundos públicos angolanos para adquirir participações sociais em empresas portuguesas, acrescenta a publicação.
Refira-se que o Eurobic está à venda e que os espanhóis do Abanca são dados como os presumíveis compradores da instituição financeira na qual Isabel dos Santos era a a principal acionista. Para viabilizar esta transação a Procuradoria-Geral da República de Angola exige que as dívidas da Finisantoro e da Santoro, duas empresas de Isabel dos Santos, sejam certificadas.
Em novembro do ano passado a Interpol emitiu um “alerta vermelho” para Isabel dos Santos, na sequência de um pedido de Angola a todos os países que integram esta polícia para que localizem e prendam provisoriamente a empresária.