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Isabel dos Santos motiva buscas judiciais no Eurobic

A diligência conta com a presença do juiz Carlos Alexandre para validação imediata da apreensão de documentação, avança o Observador.

Isabel dos Santos reside atualmente no Dubai.
Toby Melville/Reuters
Negócios 18 de Janeiro de 2023 às 18:33
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O Ministério Público está a realizar novas buscas judiciais no âmbito do caso Isabel dos Santos, desta vez no Eurobic, devido a documentação relacionada com um dos 17 inquéritos que visam a empresária, avançou o Observador.

 

As buscas estão a ser levadas a cabo pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) nas instalações do Eurobic, em Lisboa, e decorrem de novas diligências solicitadas por Angola.

 

Ao que o Observador apurou, a apreensão de documentação relevante para os autos de um dos 17 inquéritos que visam Isabel dos Santos, acionista do Eurobic, é o foco destas novas buscas.

 

"A consultora PwC e o seu ex-sócio Jaime Esteves também foram alvo de buscas no mesmo inquérito, mas ocorreram esta terça-feira. O procurador Rosário Teixeira, titular da investigação, liderou essas buscas, sendo que todas as diligências no Eurobic, PwC e Jaime Esteves foram autorizadas e contaram igualmente com a presença do juiz Carlos Alexandre para validar imediatamente a apreensão de documentação", refere a mesma publicação.

 

Segundo o Observador, Jaime Esteves não é arguido nos autos, tendo sido apenas alvo de buscas domiciliárias. A PwC e Jaime Esteves trabalharam com Isabel dos Santos no tempo em que a filha de José Eduardo dos Santos liderou a empresa pública Sonangol.

 

Uma parte das investigações abertas no DCIAP visa alegados crimes praticados em Portugal, nomeadamente ilícitos que terão sido financiados com o alegado desvio de fundos públicos angolanos para adquirir participações sociais em empresas portuguesas, acrescenta a publicação.

Refira-se que o Eurobic está à venda e que os espanhóis do Abanca são dados como os presumíveis compradores da instituição financeira na qual Isabel dos Santos era a a principal acionista. Para viabilizar esta transação a Procuradoria-Geral da República de Angola exige que as dívidas da Finisantoro e da Santoro, duas empresas de Isabel dos Santos, sejam certificadas.

Em novembro do ano passado a Interpol emitiu um “alerta vermelho” para Isabel dos Santos, na sequência de um pedido de Angola a todos os países que integram esta polícia para que localizem e prendam provisoriamente a empresária.

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