Notícia
Gomes Cravinho implicado em caso de corrupção por um dos acusados
Paulo Branco alega que João Gomes Cravinho terá aprovado um contrato relâmpago com Capitão Ferreira. Ministro já reagiu e afirmou que manchete do Expresso é baseada em "informações pouco credíveis".
29 de Setembro de 2023 às 08:52
O ministro dos Negócios Estrangeiro, João Gomes Cravinho, foi implicado pelo acusado Paulo Branco no caso da assessoria fabricada para pagar 50 mil euros a Marco Capitão Ferreira. O ex-secretário de Estado da Defesa saiu do Governo depois de ter sido constituído arguido no mesmo processo, por corrupção e participação económica em negócio, segundo adianta o Expresso. Ministro já reagiu e diz que repudia "veemente e inequivocamente a sugestão na manchete do Expresso" que diz ser "baseada em informações pouco credíveis".
Paulo Branco, que acusa o ministro, está acusado de corrupção e branqueamento na operação Tempestade Perfeita. Era o responsável financeiro da Direção-Geral de Recursos de Defesa Nacional e, adianta o semanário, terá declarado no interrogatório feito pelo Departamento de Investigação Penal (DIAP) de Lisboa que o ministro "tinha concordado" ou até "pedido" que fosse feito um contrato de assessoria com Capitão Ferreira para o compensar e "pôr as contas em dia" pelos trabalhos realizados numa "comissão fantasma" do seu gabinete.
A participação nesta comissão teve como objetivo elaborar, de forma clandestina, um estudo para a "revisão do setor empresarial do Estado da Defesa", afirmou, referindo que este grupo integrava também outros elementos como Catarina Nunes, que chegou a ser presidente da idD (a holding das indústrias da defesa) e Irene Paredes, funcionária da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN). xxxxxxxxxxxxxxxx
Esta comissão era denominada pelos membros como "comissioni fantasmi", segundo a classificação usada num e-mail pelo próprio Marco Capitão Ferreira para se referir ao grupo que trabalhava na sombra, como foi noticiado pela "Visão" no fim de julho.
Cravinho diz que notícia é "pouco credível"
Em reação, numa nota enviada às redações, o ministro João Gomes Cravinho argumenta que não deu qualquer indicação a respeito da contratação da Marco Capitão Ferreira para prestar assessoria jurídica e que esta resultou de uma indicação da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional". Acrescenta ainda "que desconhecia os termos do contrato estabelecido".
"Repudio de forma veemente e inequívoca a sugestão feita na manchete do jornal Expresso, baseado aliás em informações pouco credíveis, como fica claro pela leitura do respetivo artigo", afirma.
Gomes Cravinho diz também que "não conhecia o Professor Marco Capitão Ferreira antes de exercer as funções de MDN", mas que rapidamente se apercebeu "de que ele era uma das raras pessoas com conhecimento aprofundado nesta área muito especializada".
"A sua designação para as funções de presidente da IDD ficou a dever-se exclusivamente à sua trajetória académica e profissional, com uma estreita ligação às indústrias de defesa, no exercício de funções de responsabilidade", elogiou o ministro.
(Notícia atualizada às 11:00 com a reação do ministro dos Negócios Estrangeiros)
Paulo Branco, que acusa o ministro, está acusado de corrupção e branqueamento na operação Tempestade Perfeita. Era o responsável financeiro da Direção-Geral de Recursos de Defesa Nacional e, adianta o semanário, terá declarado no interrogatório feito pelo Departamento de Investigação Penal (DIAP) de Lisboa que o ministro "tinha concordado" ou até "pedido" que fosse feito um contrato de assessoria com Capitão Ferreira para o compensar e "pôr as contas em dia" pelos trabalhos realizados numa "comissão fantasma" do seu gabinete.
Esta comissão era denominada pelos membros como "comissioni fantasmi", segundo a classificação usada num e-mail pelo próprio Marco Capitão Ferreira para se referir ao grupo que trabalhava na sombra, como foi noticiado pela "Visão" no fim de julho.
Cravinho diz que notícia é "pouco credível"
Em reação, numa nota enviada às redações, o ministro João Gomes Cravinho argumenta que não deu qualquer indicação a respeito da contratação da Marco Capitão Ferreira para prestar assessoria jurídica e que esta resultou de uma indicação da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional". Acrescenta ainda "que desconhecia os termos do contrato estabelecido".
"Repudio de forma veemente e inequívoca a sugestão feita na manchete do jornal Expresso, baseado aliás em informações pouco credíveis, como fica claro pela leitura do respetivo artigo", afirma.
Gomes Cravinho diz também que "não conhecia o Professor Marco Capitão Ferreira antes de exercer as funções de MDN", mas que rapidamente se apercebeu "de que ele era uma das raras pessoas com conhecimento aprofundado nesta área muito especializada".
"A sua designação para as funções de presidente da IDD ficou a dever-se exclusivamente à sua trajetória académica e profissional, com uma estreita ligação às indústrias de defesa, no exercício de funções de responsabilidade", elogiou o ministro.
(Notícia atualizada às 11:00 com a reação do ministro dos Negócios Estrangeiros)