Christian Wulff (na foto quando tomou posse como Presidente a 2 de Julho de 2010) foi acusado, assim como o produtor de cinema David Groenewold, de corrupção, de acordo com a imprensa estrageira. O Tribunal terá agora de decidir se o caso tem provas suficientes para ir a julgamento.

O Ministério Público acusou Wulff de ter aceite subornos, enquanto era presidente da região da Baixa Saxónia, em 2008, para favorecer Groenewold. Wulff liderou esta região alemã entre 2003 e 2010.

O Ministério Público alega que David Groenewold gastou cerca de 4.000 euros, em hotel e entretenimento, com Wulff e a sua família, em 2008, durante uma visita ao Oktoberfest, em Munique. Em causa estarão outros custos associados a hotéis de luxo e a Wulff, em 2007.

A justiça acusa Wulff de ter recebido, desta forma, subornos para ajudar Groenewold a angariar apoios para um projecto de cinema.

O “El Mundo” realça que se trata de algo sem precedentes na Alemanha, uma vez que nunca um ex-Presidente deste país foi acusado pela justiça de qualquer crime.

O “Deutsche Welle” adianta que o Ministério Público decidiu avançar com a acusação, depois de Wulff ter rejeitado um acordo. Segundo o mesmo site, Wulff terá recusado um acordo que estabelecia o pagamento de 50 mil euros, de acordo com o “Spiegel Online”.

Na última terça-feira, 9 de Abril, o advogado de Wulff revelou que tinham rejeitado um acordo e que estavam determinados em limpar o nome do seu cliente. “Nós enquanto advogados de defesa confiamos que no final vai haver uma decisão que reabilitará totalmente o Presidente Wulff”, de acordo com afirmações citadas pela Fox News.

Wulff anunciou a sua demissão a 17 de Fevereiro de 2012, precisamente depois do Ministério Público de Hannover, no norte da Alemanha, ter pedido o levantamento da imunidade do Presidente devido a suspeitas de corrupção.