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Duarte Lima diz que vai "responder exaustivamente" à acusação do Ministério Público

O antigo deputado Duarte Lima disse hoje, à chegada às varas criminais de Lisboa, que as suas respostas à acusação do Ministério Público de burla qualificada "serão dadas exaustivamente" durante o julgamento.

Advogado considera injustificada detenção sob pretexto de perigo fuga
28 de Maio de 2013 às 10:43
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O antigo deputado social-democrata chegou ao Campus da Justiça, no Parque das Nações, em Lisboa, cerca das 09:55, acompanhado pelos seus advogados, para o início do julgamento na 7.ª Vara Criminal de Lisboa, num processo juntamente com mais cinco arguidos em que são acusados de burla qualificada ao BPN de mais de 40 milhões de euros e de branqueamento de capitais.

 

O arguido fez uma declaração aos jornalistas para dizer que este processo "é composto essencialmente por duas peças: a acusação do procurador do Ministério Público, que tem sido amplamente divulgada", e pela sua contestação, "onde "são rebatidas ponto por ponto as acusações".

 

Duarte Lima disse ainda que confia no tribunal, "um órgão de soberania imparcial" e que as duas respostas à acusação de burla qualificada "serão dadas exaustivamente ao longo do julgamento".

 

O arguido Vitor Raposo também já se encontrava nas varas criminais de Lisboa e à chegada disse que "confia na justiça" e que vai aguardar "com serenidade".

 

"Confio na justiça e vou aguardar com serenidade o processo", afirmou Vitor Raposo aos jornalistas, acrescentando que vai prestar declarações em tribunal.

 

Duarte Lima, que se encontra em prisão domiciliária com pulseira electrónica, é o mais mediático dos seis arguidos deste processo, que está relacionado com a aquisição de terrenos no concelho de Oeiras, através de uma empresa - a Homeland -, constituída por Duarte Lima, pelo seu filho, Pedro Lima, e por Vítor Raposo.

 

A Homeland foi constituída com a participação de 1,5 milhões de euros do BPN, por 4,2 milhões de euros de Vítor Raposo (então sócio de Duarte Lima) e igual capital do arguido Pedro Lima (filho do ex-líder parlamentar do PSD).

 

Os terrenos estavam nas imediações da projectada sede do Instituto Português de Oncologia (IPO), que acabou por não avançar, pelo que o crédito pedido ao BPN, no valor de mais de 40 milhões de euros, ficou por liquidar.

 

Duarte Lima, antigo líder parlamentar do PSD, é suspeito de beneficiar de vários créditos no valor de mais de 40 milhões de euros, obtidos com garantias bancárias de baixo valor.

 

Suspeito de burlar o BPN em 44 milhões de euros, o antigo deputado do PSD foi detido a 17 de Novembro de 2011, tendo ficado em prisão preventiva até maio desse ano.

 

Pedro Lima também foi detido, mas saiu em liberdade, após pagamento de uma caução de 500 mil euros.

 

Além de Duarte Lima, Pedro Lima, Vítor Raposo e Francisco Canas são também arguidos os advogados João Almeida e Paiva e Miguel Almeida e Paiva.

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