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Armando Vara fica em prisão domiciliária

O ex-governante não pode manter quaisquer contactos com o exterior, "designadamente com os restantes arguidos" no caso da Operação Marquês.

Pedro Aperta
Negócios 10 de Julho de 2015 às 21:24
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Armando Vara, detido esta quinta-feira no âmbito da designada "Operação Marquês", foi hoje presente ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, tendo sido já anunciadas as medidas de coacção, que prevêem a prisão domiciliária.

 

"Após promoção do Ministério Público, o juiz decidiu aplicar ao arguido as medidas de coacção de obrigação de permanência na habitação sujeita a vigilância electrónica e de proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos no processo", refere o comunicado da Procuradoria-Geral da República à comunicação social.

Recorde-se que o arguido foi indiciado por factos susceptíveis de integrarem os crimes de corrupção passiva, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

 

O ex-ministro socialista foi assim detido para interrogatório no âmbito da "Operação Marquês", após buscas ordenadas pelo DCIAP por todo o país, inclusive na residência de Armando Vara e em instalações da Caixa Geral de Depósitos. Uma fonte ligada ao processo confirmou à agência Lusa que as buscas decorreram entre as 11:00 e as 19:00 de quinta-feira, na sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em Lisboa, na residência em Cascais e nos escritórios do ex-governante.

 

Em causa estarão alegadas "luvas" de doze milhões de euros que terão sido paga por Hélder Bataglia no caso Vale do Lobo. A investigação acredita que a comissão foi paga por causa de um empréstimo de 194 milhões de euros concedido pela CGD numa altura em que Armado Vara era administrador do banco, refere o CM. O resort foi comprado, em 2006, através de um empréstimo da Caixa, sendo que o banco do Estado acabou por participar também na operação através de uma sociedade constituída para o efeito. O banco público era então presidido por Carlos Santos Ferreira e tinha Vara como administrador.

 

O inquérito, que corre termos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, encontra-se em segredo de justiça.

 


(notícia actualizada às 21h32)

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