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Advogado de Sócrates: Prisão domiciliária é "tentativa de achincalhar"

O ex-primeiro-ministro vai dizer esta terça-feira ao juiz Carlos Alexandre se aceita trocar Évora pela prisão domiciliária. Segundo o "i" e o "Correio da Manhã", estará inclinado para refutar essa possibilidade.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Junho de 2015 às 08:58
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O advogado de José Sócrates considera que a prisão domiciliária "é uma humilhação e uma tentativa de achincalhar" o ex-primeiro-ministro. Em declarações ao jornal "i", João Araújo entende que "não se justifica a aplicação de qualquer medida de coacção quando não existem indícios de práticas de crime".

 

O Ministério Público (MP) propôs a alteração da medida de coacção de José Sócrates, que se encontra detido preventivamente desde 25 de Novembro de 2014, para prisão domiciliária. Até ao final desta segunda-feira, a defesa dará o seu parecer sobre a ida de Sócrates para casa, como defende o MP. No dia seguinte, será o próprio ex-governante socialista a anunciar ao juiz Carlos Alexandre se pretende deixar Évora e submeter-se a uma pulseira electrónica.

 

Segundo o "i", que cita amigos próximos do preso preventivo, sem os identificar, Sócrates deverá apresentar-se como "um mártir político" que recusa "meias escolhas" e que só aceita voltar a uma situação de liberdade sem restrições. Também o Correio da Manhã escreve sobre o assunto, adiantando que o socialista terá confidenciado aos outros reclusos que quer "sair em ombros" da cadeia de Évora.

 

O regresso do assunto à ribalta mediática surge a quatro meses das eleições legislativas, em que o PS quer reconquistar o poder em São Bento, perdido precisamente por José Sócrates em Junho de 2011. Os estilhaços na campanha eleitoral são imprevisíveis, sendo que a estratégia da direcção de António Costa mantém-se: referir que o caso do ex-secretário-geral do PS é uma questão da justiça, como repetiu este fim-de-semana o actual líder socialista.

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