Notícia
Como é que as mudanças de IRS vão mexer nos salários? Veja aqui as simulações
Os trabalhadores dependentes e pensionistas vão ter pequenas poupanças no IRS que descontam todos os meses, mas vão ter também menos reembolsos. Simulações da PwC mostram poupanças entre um e seis euros por mês.
Os trabalhadores dependentes e pensionistas vão pagar menos IRS todos os meses ao longo de 2020, devido à atualização das tabelas de retenção na fonte publicadas na terça-feira, 22 de janeiro. Mas, ao mesmo tempo, o imposto devido em termos anuais também será ligeiramente inferior, pela atualização dos escalões.
Com as novas tabelas publicadas pelas Finanças, mais trabalhadores vão deixar de descontar IRS todos os meses (os que ganham até 659 euros, em linha com a atualização do mínimo de existência) e todos os trabalhadores dependentes e pensionistas vão ter ganhos nos rendimentos líquidos, que decorrem da redução das taxas de retenção (entre 0,1 e 0,2 pontos percentuais) e da subida dos limiares de rendimento (na maioria dos casos em 0,3%).
A retenção de IRS é um instrumento que permite ao Estado ir arrecadando receita ao longo do ano através de um desconto mensal exigido aos trabalhadores dependentes e pensionistas, tentando antecipar o que deve ser o imposto anual a pagar.
No entanto, existe um desfasamento entre a retenção e o imposto final, que é apurado normalmente na primavera, e que resulta, na grande maioria dos casos, num reembolso a receber pelo contribuintes, o que se deve numa parte à retenção acima do necessário e às deduções a que o contribuinte tem direito.
Por isso, os contribuintes vão sentir um alívio mensalmente, retendo menos imposto, mas também vão receber reembolsos ligeiramente inferiores após a campanha de IRS de 2021 (que diz respeito aos rendimentos e ao imposto exigido ao longo deste ano).
Além disso, assumindo que avança a atualização dos escalões a 0,3% (é a proposta do Governo, Bloco e PCP pedem uma subida de 1%, em linha com a inflação esperada este ano), haverá efeitos positivos para a generalidade dos contribuintes. Como as taxas dos escalões são aplicadas por camadas de rendimento (o IRS é progressivo), qualquer atualização reduzir o IRS devido de todas esses limiares, o que significa que o trabalhador terá uma maior parte do seu rendimento a ser tributado a taxas mais baixas. Só os trabalhadores que na sequência de um aumento salarial mudem de escalão máximo (aplicável à última camada de rendimento) é que podem perder, e mesmo assim não é certo.
Veja algumas das simulações da PwC feitas para o Negócios:
Nos caso de solteiros, sem filhos, com rendimentos de 1.000, 1.500, 2.000 e 2.500 euros brutos as taxas de retenção na fonte baixam 0,1 pontos percentuais, que dá um ganho entre 1 euro e 2,5 euros por mês. Os reembolsos diminuem entre 12 e 25 euros. Já o IRS efetivamente devido (que decorre da atualização dos escalões) desce entre 1,81 euros e 9,07 euros no final do ano (menos cerca de 0,1%).
Também no caso de trabalhadores dependentes, casados e com dois filhos, e com rendimentos de 1.000, 1.500, 2.000 e 2.500 por cada um dos dois titulares, as taxas de retenção na fonte diminuem 0,1 pontos percentuais face a 2019. O que significa poupanças mensais entre dois e seis euros. Os reembolsos descem entre 24,40 e 65,85 euros. Já o IRS efetivamente devido (que decorre da atualização dos escalões) diminui entre 3,61 euros e 18,15 euros no final do ano (menos cerca de 0,1%).
Com as novas tabelas publicadas pelas Finanças, mais trabalhadores vão deixar de descontar IRS todos os meses (os que ganham até 659 euros, em linha com a atualização do mínimo de existência) e todos os trabalhadores dependentes e pensionistas vão ter ganhos nos rendimentos líquidos, que decorrem da redução das taxas de retenção (entre 0,1 e 0,2 pontos percentuais) e da subida dos limiares de rendimento (na maioria dos casos em 0,3%).
No entanto, existe um desfasamento entre a retenção e o imposto final, que é apurado normalmente na primavera, e que resulta, na grande maioria dos casos, num reembolso a receber pelo contribuintes, o que se deve numa parte à retenção acima do necessário e às deduções a que o contribuinte tem direito.
Por isso, os contribuintes vão sentir um alívio mensalmente, retendo menos imposto, mas também vão receber reembolsos ligeiramente inferiores após a campanha de IRS de 2021 (que diz respeito aos rendimentos e ao imposto exigido ao longo deste ano).
Além disso, assumindo que avança a atualização dos escalões a 0,3% (é a proposta do Governo, Bloco e PCP pedem uma subida de 1%, em linha com a inflação esperada este ano), haverá efeitos positivos para a generalidade dos contribuintes. Como as taxas dos escalões são aplicadas por camadas de rendimento (o IRS é progressivo), qualquer atualização reduzir o IRS devido de todas esses limiares, o que significa que o trabalhador terá uma maior parte do seu rendimento a ser tributado a taxas mais baixas. Só os trabalhadores que na sequência de um aumento salarial mudem de escalão máximo (aplicável à última camada de rendimento) é que podem perder, e mesmo assim não é certo.
Veja algumas das simulações da PwC feitas para o Negócios:
Nos caso de solteiros, sem filhos, com rendimentos de 1.000, 1.500, 2.000 e 2.500 euros brutos as taxas de retenção na fonte baixam 0,1 pontos percentuais, que dá um ganho entre 1 euro e 2,5 euros por mês. Os reembolsos diminuem entre 12 e 25 euros. Já o IRS efetivamente devido (que decorre da atualização dos escalões) desce entre 1,81 euros e 9,07 euros no final do ano (menos cerca de 0,1%).
Também no caso de trabalhadores dependentes, casados e com dois filhos, e com rendimentos de 1.000, 1.500, 2.000 e 2.500 por cada um dos dois titulares, as taxas de retenção na fonte diminuem 0,1 pontos percentuais face a 2019. O que significa poupanças mensais entre dois e seis euros. Os reembolsos descem entre 24,40 e 65,85 euros. Já o IRS efetivamente devido (que decorre da atualização dos escalões) diminui entre 3,61 euros e 18,15 euros no final do ano (menos cerca de 0,1%).