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PSD defende "estabilidade fiscal" nos escalões de IRS

O líder do PSD defendeu, sexta-feira, que o Governo devia "privilegiar a estabilidade fiscal" e acusou o executivo de António Costa de estar a fazer a discussão orçamental de uma forma "que não é séria" e com fins eleitoralistas.

02 de Setembro de 2017 às 10:33
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Em Vila Real, onde esteve para a presentação das candidaturas autárquicas aos órgãos daquele concelho, Pedro Passos Coelho desafiou o primeiro-ministro a fazer uma escolha e apresentar o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) antes das eleições autárquicas de 01 de outubro ou ser um "bocadinho mais contido" no que revela sobre aquele documento.

No sábado, na ‘rentrée' socialista, o primeiro-ministro, António Costa, assegurou que o OE2018 continuará a aumentar o rendimento das famílias e, por isso, serão introduzidos mais escalões no IRS, "para que quem ganhe menos, pague menos".

"O Governo devia privilegiar a estabilidade fiscal, o que significa não andar a mexer nos escalões. Se andarmos a mexer todos os anos nos escalões isso não dá estabilidade, as pessoas têm uma noção menos fácil de qual é a tributação que podem vir a ser sujeitas. Se o Governo tem alguma folga para baixar os impostos, deve fazê-lo nos escalões que existem", defendeu o ex-primeiro-ministro.

Também a propósito do que tem vindo a ser revelado sobre o que pode vir a estar contemplado no OE2018, Pedro Passos Coelho voltou a criticar a "insistência que o Governo faz na abordagem orçamental", considerando que "está a conflituar" com a proximidade das eleições autárquicas.

"Isto de dar as notícias que se entendem como sendo boas até às eleições autárquicas, guardando as que podem ser menos boas ou desfavoráveis para depois, não é uma forma séria de fazer a discussão orçamental", acusou.

Por isso, o líder social-democrata apontou duas possibilidades a António Costa.

"O Governo devia fazer uma de duas opções. Ou apresenta o Orçamento antes das eleições autárquicas para os portugueses saberem todos com que é que vão contar quando vão fazer as suas escolhas, ou entende manter o calendário normal, e está no seu direito, ou então devia ser um bocadinho mais contido na forma como utiliza a discussão orçamental para favorecer as candidaturas autárquicas dos partidos que suportam o Governo", apontou.

"Isto de dar as noticias que se entendem como sendo boas até as eleições autárquicas guardando as que podem ser menos boas ou desfavoráveis para depois, não é uma forma séria de fazer a discussão orçamental", enumerou.
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