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Governo italiano admite aplicar imposto imobiliário só aos "mais abastados"

Ministro italiano salvaguarda que só “os mais abastados” vão pagar o imposto sobre a habitação. A gestão deste imposto deverá passar para as Comunidades.

22 de Agosto de 2013 às 20:53
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Graziano Delrio, ministro italiano dos Assuntos Regionais, disse, segundo noticia o “Corriere della Sera” esta quinta-feira, durante o Encontro de Rimini, ser “a favor de uma taxa [o chamado Imu] que isente 70% dos italianos e seja paga somente pelos mais abastados”. Delrio não referiu como tenciona, o Governo de Roma, compensar a quebra de receita provocada por esta medida. “Ainda temos alguns dias e também algumas divisões por superar”, lembrou.

 

O ministro pretende que o Imu regresse para a competência das Comunidades, numa decisão que “deve ser tomada rapidamente”. Delrio salvaguarda que o país “não está em condições de deitar fora 1,5 mil milhões de euros”, em resposta aos que pretendem a abolição total deste imposto. “Creio que os cidadãos mais ricos podem permitir-se o pagamento de 400 euros por ano, que é menos do que o serviço de televisão privada”, atirou.

 

Quanto aos critérios que irão definir quem pagará e em que parâmetros deve ser pago o Imu, o ministro resguardou-se dizendo que “não estão ainda definidos”, garantindo que irão “procurar criar uma taxa justa, que tenha duas componentes, uma para os proprietários e outra para os arrendatários”.

 

O tema Imu está envolto em divergências. Silvio Berlusconi, antigo primeiro-ministro de Itália, defendeu e prometeu, nas últimas eleições legislativas, a total abolição do imposto. Depois de decretada a sua condenação a prisão, pelo caso Mediaset, Berlusconi e os seus correligionários do PdL, partido da grande coligação que governa Itália em coligação com o PD, ameaçaram com a implosão do Governo e eleições antecipadas caso o Imu não fosse abolido.

 

Enrico Letta, primeiro-ministro de Itália e líder do PD, e o seu ministro da Economia e Finanças, Arnaldo Saccomani, apresentaram, há duas semanas, um plano com nove pontos sobre a reforma e aplicação do Imu. Depois das ameaças do PdL, foi a vez do ministro Delrio dar a cara naquilo que representa um recuo face às pretensões iniciais de Letta e Saccomani. Ver-se-á como vai Berlusconi, e o seu partido, vão reagir a um recuo que não satisfaz totalmente as suas pretensões.

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