As rendas dos novos contratos de arrendamento residencial aumentaram 4,9% em Lisboa no 2.º trimestre de 2022 face ao trimestre anterior, o que representa a maior subida trimestral desde o final de 2017. Os dados são do Índice de Rendas Residenciais, apurado pela Confidencial Imobiliário (CI) tendo por base as rendas dos novos contratos realizados.

De acordo com esta entidade, em termos homólogos a subida das rendas em Lisboa atingiu os 14,6% no 2.º trimestre, "refletindo os fortes aumentos trimestrais do último ano, sempre acima dos 2,5%", explica a CI em comunicado. A mesma fonte destaca que as rendas na capital estavam a descer até há um ano atrás, acumulando no 2.º trimestre de 2021 uma variação homóloga de -12,0%.

No Porto, as rendas tiveram um aumento trimestral de 3,7% no 2.º trimestre. Aqui, segundo a Confidencial Imobiliário, a recuperação das rendas só começou a observar-se no final de 2021, embora num ritmo igualmente intenso, com aumentos trimestrais sempre superiores a 3,5%. Em resultado deste ciclo, as rendas no Porto registaram no 2.º trimestre um crescimento homólogo de 11,7%, em contraste com os -9,8% observados há um ano.

No cômputo do país, as rendas contratadas para a habitação no 2º trimestre aumentaram 3,3% em termos trimestrais e 7,0% em termos homólogos.

De acordo com os dados do SIR-Arrendamento, no 2.º trimestre de 2022 a renda média contratada atingiu patamares inéditos de 15,1€/m2 em Lisboa e de 12,4€/m2 no Porto. No país, atingiu os 11,6€/m2, igualmente um nível máximo, conclui a CI.