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Novos contratos de arrendamento caíram 8% em 2018

Os portugueses realizaram 77.723 novos contratos de arrendamento em 2018, menos 8% do que no ano anterior. Já o valor das rendas negociadas aumentou 9%, para os 4,8 euros por metro quadrado, o valor mediano para todo o país que, no entanto, foi ultrapassado em 33 concelhos.

Miguel Baltazar
27 de Março de 2019 às 12:37
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O número de novos contratos de arrendamento realizados em 2018 foi de 77.723, uma quebra de 7,9% face aos 84.383 contabilizados no ano anterior. Lisboa foi o concelho onde mais contratos foram celebrados: um total de 6.643 e também abaixo dos 6.980 de 2018.

 

Estes dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, 27 de março, e respeitam ao final do segundo semestre do ano passado. Esta é a segunda vez que o organismo de estatísticas avança com a divulgação das estatísticas de rendas da habitação a nível local, uma medida tomada pelo Governo no âmbito do pacote da Nova Geração de Políticas de habitação.

 

Os números agora conhecidos revelam também que o valor mediano das rendas praticadas no país nos novos contratos de arrendamento realizados atingiu, em 2018, os 4,8 euros por metro quadrado, mais 9,3% do que em 2017.

 

O valor nacional está, no entanto, longe de espelhar os preços praticados nos grandes centros urbanos. Olhando para a capital como um todo, o valor mediano foi de 11,16 euros por metro quadrado, o valor mais alto do país. À volta de Lisboa, concelhos como Cascais ou Oeiras, também duplicaram os valores nacionais, com 9,71 euros e 9,38 euros por metro quadrado, respetivamente. No Porto, o valor mediano por metro quadrado foi de 7,85 euros por metro quadrado.

 

A título de exemplo, em Lisboa, arrendar uma casa na zona da Avenida da Liberdade custou no ano passado mais de 13 euros por metro quadrado, o que dá uma renda de pelo menos 1.300 euros para um imóvel com 100 metros quadrados.

 

Para a elaboração destas estatísticas, que vão passar a ser divulgadas semestralmente, o INE opta pela utilização da mediana como referência, ou seja, usa o valor que separa em duas partes iguais o conjunto ordenado das rendas por metro quadrado. Isso permite expurgar o efeito de valores extremos que sejam praticados numa determinada zona. Por outro lado, estes valores são obtidos tendo por base os valores das rendas dos novos contratos de arrendamento celebrado no período que está a ser analisado.

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