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Costa admite alargar período transitório das rendas antigas

António Costa vai pedir ao Conselho Económico e Social que faça uma avaliação aprofundada da aplicação da lei das rendas, admitindo que o período de transição de cinco anos, dado aos inquilinos, possa ser alargado.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Maio de 2015 às 15:28
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O líder socialista e candidato a primeiro-ministro, disse esta terça-feira que pretende pedir ao Conselho Economico e Social que "proceda a uma avaliação da aplicação de lei" da reforma do arrendamento.

 

"É preciso extrema prudência. Estamos a chegar ao fim de um período transitório e a regulamentação do subsídio de renda ainda está por fazer. A classe média não vai certamente beneficiar desse benefício", afirmou António Costa num almoço conferência promovido pela Vida Económica.

 

António Costa respondia a uma questão colocada por Luis Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, que quis saber se, sendo eleito primeiro-ministro, Costa iria respeitar o prazo transitório de cinco que foi dado aos inquilinos com carências financeiras e durante o qual os aumentos de renda ficaram limitados.

 

O líder socialista começou por dizer que não considera que os cinco anos estabelecidos na lei das rendas "tenha sido um prazo razoável" e afirmou a Menezes Leitão: "Não estou em condições de assumir o compromisso de que não vou prorrogar o prazo".

 

Criticando fortemente a lei das Rendas, costa disse que, enquanto presidente da Câmara de Lisboa foi confrontado com "situações familiares dramáticas que nunca pensei encontrar" sobretudo em zonas como "Alvalade ou Avenidas Novas". Pessoas "que tinham a sua vida organizada e estabilizada e a quem de repente tudo aconteceu", com os aumentos de renda a somarem-se aos aumentos de impostos, aos cortes de pensões e "ao desemprego dos filhos a quem passaram a ter de ajudar".

 

"Arriscamo-nos a ter situações de ruptura social de grande gravidade", sublinhou, lembrando que estão em causa, "em particular, famílias mais idosas".

 

Questionado mais uma vez  por Menezes Leitão sobre o facto de uma prorrogação do prazo transitório ir ser feita "à custa dos proprietários", António Costa respondeu que: "numa situação em que os recursos são finitos, é preciso fazer opções. E vamos ter de proteger a classe média. É essa opção que deve ser feita", sublinhou.

 

Já no final da conferência, numa curta declaração aos jornalistas, o candidato a primeiro-ministro insistiu na mesa tecla: "é essencial um governo que permita à classe média recuperar a esperança e confiança no futuro. Essa tem de ser a nossa prioridade. Não se pode agradar a todos".

 

(Notícia actualizada às 17:20)

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