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Preços da habitação mantêm aceleração e sobem 9,1% em 2024

Apesar da menor procura estrangeira e das taxas de juro ainda elevadas, venda de casas aumentou 14,5% no ano passado. No trimestre final do ano, preços voltaram a acelerar com subida de 11,6%.

Miguel Baltazar
21 de Março de 2025 às 11:23
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Os preços da habitação chegaram ao final do ano a acelerar, registando a maior subida em mais de dois anos e um máximo de casas vendidas no mesmo período, e fechando 2024 com um aumento de 9,1%, mesmo perante uma redução do interesse estrangeiro no imobiliário residencial do país e um nível de juros ainda elevado.

Os dados anuais do índice de preços da habitação, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que a habitação continua a aquecer, com uma recuperação no número de casas transacionadas no mercado nacional.

Segundo o INE, o ano passado fica marcado por um aumento médio de 9,1% nos preços das casas, cujas vendas aumentaram em 14,5% para um total de 156.325 unidades, em forte recuperação após a quebra verificada em 2023.

A subida reflete uma tendência prolongada de aceleração nos preços ao longo de todo o ano, que culminou no quarto trimestre com uma variação homóloga de 11,6%, a maior desde o verão de 2022, num período em que no país foram transacionadas mais de 45 mil habitações - um máximo trimestral, também, desde o final de 2021.

Os dados do INE mostram que o forte aumento nas vendas e nos preços produziu no ano passado um novo máximo de valores transacionados no histórico das divulgações do índice, de 33,8 mil milhões de euros. Representou, face a 2023, uma subida de 20,8%. Neste valor, menos de um terço, ou 9,4 mil milhões de euros, dizia respeito à compra de habitação nova.

As compras feitas pelas famílias cresceram no ano passado em linha com o aumento no número de transações, havendo apenas um ligeiro reforço no peso dos particulares no mercado, para 86,1%, mas com o impacto destas transações a cair em termos de valores (-22,3%, segundo o INE).

O reaquecimento do mercado ocorreu, porém, com o interesse estrangeiro a quebrar. As compras por indivíduos e entidades com domicílio fiscal fora do país diminuíram 5,9%, para 9.774 unidades. Já aquelas que foram feitas por indivíduos e entidades com domicílio fiscal em Portugal aumentaram 16,2%, para 146.551.

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