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Apenas metade consigna parte do IRS a favor de uma instituição social

Nove em cada 10 inquiridos no estudo da Netsonda para a Associação Salvador sabem que existe a possibilidade de consignar 1% do IRS e a maioria sabe que esta ação não tem qualquer custo associado.

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A consignação do IRS é uma medida fiscal que permite aos contribuintes destinarem 1% do imposto que pagam ao Estado a favor de entidades de interesse social e não tem qualquer custo adicional. É possível escolher esta opção quando preenche a declaração de IRS, mas quantos contribuintes o fazem em Portugal? A Associação Salvador quis a resposta e pediu um estudo à Netsonda que conclui que apenas metade da população opta por consignar parte do imposto.

O relatório, que recolheu respostas de mais de dois mil inquiridos, entre eles cidadãos, associações e contabilistas, conclui que 9 em cada 10 inquiridos sabem que existe a possibilidade de consignar 1% do IRS e a maioria sabe que esta ação não tem qualquer custo associado. No entanto, apenas metade assume consignar sempre o IRS a uma entidade e três quartos dizem que o fazem há mais de três anos. 

  

Em entrevista ao Negócios, Salvador Mendes de Almeida, presidente da Associação Salvador considera que há comunicação a menos e desconfiança a mais. "Acho que o que está a falhar aqui é sobretudo uma grande falha de comunicação das entidades e que o Estado também poderia ajudar as entidades a serem mais visíveis quando nós preenchemos o IRS. E depois acho que o que não ajuda é alguma desconfiança que muitas vezes existe nesta área do setor social. E muitas pessoas acham que ao contribuir vão pagar mais ou vão receber um bocadinho menos do que aquilo que recebem. E isso não é verdade".

Salvador Mendes de Almeida sublinha que esta consignação "é importantíssima para o setor social e tem um impacto grande também nas nossas atividades. Varia muito de instituição para instituição, portanto, não quero entrar aqui em nenhum valor, mas isto tem um impacto bastante relevante. Nós, na Associação Salvador, creio que é a segunda ou terceira maior fonte de receitas".

Para quebrar a desconfiança das pessoas, o presidente da Associação Salvador defende que "é um caminho que se tem que ir fazendo". "À medida que as pessoas também vão conhecendo o trabalho das organizações, as associações têm o relatório de contas, têm auditorias externas às suas contas, como é o caso da Associação Salvador, onde temos o relatório de contas no nosso site e mostramos onde é que são aplicados os nossos fundos e de que forma é que as pessoas também nos podem ajudar. Acho que essa desconfiança desaparece e assim torna-se mais fácil das pessoas poderem contribuir e ajudar", afirma.

Questionado sobre o aumento desta consignação de 0,5% para 1%, Salvador Mendes de Almeida considera que "pode ter um impacto muito grande".

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