Notícia
Gentiloni sugere criar instrumento para financiar dupla transição no mercado de trabalho
Comissário europeu da Economia admitiu, no Fórum Económico de Bruxelas, criar um instrumento que "financie a requalificação e capacitação dos trabalhadores". "Seria um assunto interessante a ser discutido nos próximos meses", sinalizou.
O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, sugeriu esta quinta-feira a criação de um mecanismo europeu para financiar as transformações que terão de ser feitas no mercado de trabalho para garantir uma efetiva transição digital e climática nos próximos anos.
"Um mecanismo europeu que financie a requalificação e capacitação dos trabalhadores seria um assunto interessante a ser discutido nos próximos meses", referiu Paolo Gentiloni, num debate sobre a proteção dos trabalhadores, famílias e empresas em tempos de incerteza, no Fórum Económico de Bruxelas.
Para o comissário europeu, o programa SURE – criado durante a pandemia para proteger o emprego e que serviu para pagar os lay-off em vários Estados-membros – "não seria útil na situação atual" tendo em conta que foi criado no contexto específico da pandemia e, por isso, seria necessário criar um novo instrumento para responder a estes novos desafios da dupla transição.
Paolo Gentiloni optou, no entanto, por não entrar em detalhes sobre o modelo que esse novo instrumento europeu poderá vir a seguir, remetendo essa discussão para os próximos meses.
Com o SURE, os Estados-membros beneficiaram de um envelope financeiro de 100 mil milhões de euros em empréstimos concedidos em condições mais favoráveis pela União Europeia, que foi aos mercados contrair dívida para financiar este instrumento. Desse montante, Portugal teve direito a 6,2 mil milhões de euros.
O Governo português tem apelado à criação de um instrumento semelhante ao SURE, que considera que teve um "papel crucial" durante a pandemia, mas quer que esse instrumento funcione de forma permanente, podendo ser ativado pelos Estados-membros em caso de crise.
*A jornalista viajou até Bruxelas a convite da Comissão Europeia
"Um mecanismo europeu que financie a requalificação e capacitação dos trabalhadores seria um assunto interessante a ser discutido nos próximos meses", referiu Paolo Gentiloni, num debate sobre a proteção dos trabalhadores, famílias e empresas em tempos de incerteza, no Fórum Económico de Bruxelas.
Paolo Gentiloni optou, no entanto, por não entrar em detalhes sobre o modelo que esse novo instrumento europeu poderá vir a seguir, remetendo essa discussão para os próximos meses.
Com o SURE, os Estados-membros beneficiaram de um envelope financeiro de 100 mil milhões de euros em empréstimos concedidos em condições mais favoráveis pela União Europeia, que foi aos mercados contrair dívida para financiar este instrumento. Desse montante, Portugal teve direito a 6,2 mil milhões de euros.
O Governo português tem apelado à criação de um instrumento semelhante ao SURE, que considera que teve um "papel crucial" durante a pandemia, mas quer que esse instrumento funcione de forma permanente, podendo ser ativado pelos Estados-membros em caso de crise.
*A jornalista viajou até Bruxelas a convite da Comissão Europeia