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UGT ameaça com greve na função pública
A Federação de Sindicatos para a Administração Pública acusa o Governo de ignorar os sindicatos. E alerta para a possibilidade de greve caso a questão do descongelamento das carreiras não seja discutido.
A Federação de Sindicatos para a Administração Pública (Fesap), afecta à UGT, enviou uma carta ao ministro das Finanças, Mário Centeno, a pedir uma reunião de carácter urgente para debater o descongelamento das carreiras e o Orçamento do Estado. A missiva foi enviada na quarta-feira, conta o jornal Público, e se o Governo não responder, a Fesap admite avançar para greve.
Em causa está a aprovação do regime extraordinário das reformas antecipadas, aprovado na semana passada sem que os sindicatos da função pública tenham alegadamente sido consultados.
"O Governo desvaloriza o papel dos sindicatos e não respeita a lei da negociação colectiva, nem os compromissos assumidos", disse ao Público José Abraão, coordenador da Fesap.
O representante da Fesap relembrou ainda que tinha sido acordado com a anterior secretária de Estado um calendário negocial, mas "não é claro" se o Governo tem vontade de respeitar este acordo.
Caso não tenham resposta por parte do Governo, ou não haja abertura para negociar, a Fesap admite avançar para greve: "Estamos muito disponíveis para a luta se não houver negociações, até porque temos uma greve que foi aprovada no congresso da UGT, alertou José Abraão.