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Greve: Sindicatos estimam adesão de 75% entre metade dos funcionários

Na saúde e na educação a adesão é de 90%. De acordo com a Federação que convoca a greve, há distritos inteiros com escolas fechadas e "centenas" de centros de saúde encerrados.

Bruno Simão/Negócios
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A federação da CGTP que convocou a greve da função pública desta sexta-feira, 26 de Maio, estima que a adesão tenha sido em média de 75%, em linha com a que foi anunciada para a primeira greve de Costa.

No entanto, esta taxa é obtida através da informação relativa a um universo de 330 mil pessoas às quais se destina a greve. Em causa estão os trabalhadores das carreiras gerais, de técnicos de diagnóstico e terapeutica ou das inspecções. Ou seja, cerca de metade dos trabalhadores do Estado.

A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS) não analisou a adesão entre médicos, professores, enfermeiros ou autarquias, segundo explicou a coordenadora, Ana Avoila, em conferência de imprensa.

É que, apesar do pré-aviso abranger todos os funcionários, a greve desta sexta-feira não conta com a adesão política de professores (Fenprof), autarquias (STAL) ou enfermeiros (SEP), ou seja, de três dos quatro maiores sindicatos da Frente Comum. 

Escolas encerradas e consultas canceladas

Basta, no entanto, que os funcionários das escolas adiram para que não haja condições para dar aulas.

É por isso que segundo revelou a coordenadora, todas as escolas dos distritos de Évora, Beja e Santarém estão fechadas, tal como grande parte das escolas do Porto.


Haverá ainda "centenas" de centros de saúde encerrados, repartições fechadas, e serviços da segurança social a meio gás. A Torre de Belém encerrou, segundo explicou em conferência de imprensa.

Na Saúde e na Educação a adesão estimada pelos sindicatos é de 90%.

"Os trabalhadores estão muito zangados com os ministros da Saúde e da Educação", disse, apontando a falta de pessoal, os baixos salários e o não alargamento das 35 horas como motivo de descontentamento.

"Por regra nunca pedimos demissões de ministros. O que estamos a dizer é que o ministro da Saúde é um ministro em que os trabalhadores da saúde não acreditam. E o da Educação a mesma coisa", acrescentou.

Em linha com a última greve

A taxa de adesão agora anunciada está, segundo a dirigente da estrutura da CGTP, em linha com a da última greve deste género, convocada em Janeiro de 2016 para reivindicar o regresso do horário de trabalho para as 35 horas.

Os dados do ministério das Finanças apontam para uma adesão muito mais baixa: 12,6% em Janeiro de 2016, abaixo do que foi registado em greves anteriores, tal como o Negócios explica na edição desta sexta-feira.

Os aumentos salariais, o desbloqueamento da progressão na carreira, o alargamento das 35 horas ou o reforço de pessoal são algumas das principais reivindicações desta greve, com vista às negociações para o orçamento do Estado. A greve não contou com a adesão da UGT.


Notícia actualizada às 14:04 com mais informação

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