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Greve pode fechar escolas e cancelar consultas 

Educação, Saúde, cultura e Segurança Social deverão ser afectados pela greve da Função Pública marcada para amanhã, sexta-feira.

Bruno Simão
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A greve da Função Pública desta sexta-feira poderá encerrar escolas e cancelar procedimentos não urgentes na Saúde, como consultas e cirurgias.


Isto porque apesar de os professores (Fenprof) não aderirem, basta que os funcionários auxiliares ou nalguns casos das cantinas adiram à greve para que as escolas fiquem sem condições para trabalhar.

"Já é habitual as escolas encerrarem com a greve dos trabalhadores não docentes. Os professores até podem ir lá, mas se os não docentes fizerem greve as escolas não abrem", afirmou esta semana Ana Avoila, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas, a estrutura da CGTP que convoca a greve.

O pré-aviso de greve abrange qualquer trabalhador do Estado ou do sector empresarial, "independentemente da natureza do vínculo ou do contrato, sejam de carreiras gerais e/ou especiais".

A Saúde é outra das áreas onde os sindicatos prevêem grande adesão.

"Na Saúde os serviços mínimos vão-se cumprir. Agora, é natural que as consultas externas e que muitos serviços que não são serviços mínimos, que não são urgentes, estejam fechados", acrescentou.

Espera-se ainda alguma adesão na Cultura ou nos serviços da Segurança Social.

A greve é justificada com a reivindicação de um aumento geral de salários no próximo ano, do descongelamento de progressões (que está prometido, de forma gradual e parcial para 2018), do "fim da precariedade" no Estado, do reforço de pessoal ou o alargamento das 35 horas aos trabalhadores do sector empresarial do Estado que não foram abrangidos pela medida.

A CGTP também está contra a municipalização dos serviços públicos.

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