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Governo dá aos professores nova opção para recuperar o tempo de serviço
O tempo a recuperar não muda, mas o calendário pode mudar. O Governo garante que os professores podem optar por uma nova forma de recuperar o tempo de serviço, que é a forma decidida para as outras carreiras, que chega em três fases.
O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a recuperação de uma parte do tempo de serviço para outras carreiras onde a progressão depende do tempo, que abrange militares das Forças Armadas e da GNR, juízes e magistrados ou oficiais de justiça.
Agora, o Governo anuncia que o diploma das outras carreiras especiais permite que os professores possam optar por uma forma diferente de recuperar o tempo de serviço.
"Prevê-se que caso os docentes considerem que a opção por este modelo seja eventualmente adequada à sua situação individual, possam exercer um direito de opção para a aplicação deste modelo", disse a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, esta quinta-feira, depois da reunião de Conselho de Ministros.
"Portanto, este mesmo diploma vem prever a possibilidade de opção para os docentes do ensino básico e secundário e educadores de infância pela aplicação do modelo que fica hoje estabelecido para estas carreiras verticais, hierarquizadas", sublinhou.
As diferenças só ficarão totalmente esclarecidas com a análise do novo diploma. Mas a avaliar pelas explicações do Governo o tempo a recuperar não muda; a diferença pode estar no calendário.
"Tem a ver com o modelo de aplicação, a mecânica de aplicação. Portanto a tradução na esfera de aplicação de cada trabalhador do "número de anos, meses e dias" é atribuída em três momentos distintos, disse Fátima Fonseca. "Uma parte em 2019, uma parte em 2020, uma parte em 2021", acrescentou a secretária de Estado.
Tiago Antunes, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, precisou depois que o objectivo é que seja recuperado um terço do tempo de serviço (um terço dos 2 anos, 9 meses e 18 dias) a 1 de Junho de 2019, um terço a 1 de Junho de 2020 e um terço a 1 de Junho de 2021.
"Qualquer trabalhador abrangido pelo diploma que está em vigor para os docentes pode optar pela aplicação da mecânica resultante deste diploma, sendo certo que o tempo em si é exatamente o mesmo", referiu a secretária de Estado.
O diploma dos professores prevê que o tempo de serviço seja reconhecido na primeira progressão posterior a 1 de Janeiro de 2019, o que significa que no calendário original o tempo é reconhecido de uma só vez, num momento que dependerá de caso para caso, podendo ocorrer entre 2019 e 2023, acelerando a segunda progressão.
Em todo o caso, a solução para este problema também passará pela Assembleia da República, que vai discutir a alteração ao decreto original. Resta saber se PCP, BE e PSD se entendem quanto a uma solução comum.