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Governo contrata mil técnicos para desenhar políticas públicas
As competências jurídicas, em estatística, gestão e planeamento vão ser reforçadas no envelhecido setor público através de um concurso público que está "em vias de abrir", de acordo com Mariana Vieira da Silva.
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Reforçar os centros de competências, os gabinetes de estatística e de planeamento e as diversas direções-gerais que fazem trabalho de análise, preparação e desenho de políticas públicas para vários Ministérios. É este o objetivo do concurso público que está "em vias de abrir" para a contratação de mil técnicos especializados.
A confirmação desta medida, que estava prevista no último Programa de Estabilidade e visa a recuperação dos serviços públicos em Portugal, foi feita ao Público esta segunda-feira, 8 de julho, pela ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva.
Admitindo nos últimos anos a perda de "capacidades" na administração central para "a definição de políticas", a governante insiste que "tem de ser revista" a regra geral de que só entra um funcionário nos quadros por cada dois que saiam do Estado - embora insuficiente para travar os novos funcionários desde 2016 -, acrescentando que "há um envelhecimento que traz dificuldades" à prestação de serviços.
"Ao ter muitos anos sem entradas, perdeu-se muito saber fazer, muito conhecimento sobre os sistemas, as políticas, a história das políticas. É uma coisa que nenhuma empresa pode perder e o Estado não deve perder", resume Mariana Vieira da Silva, envolvida na elaboração do programa eleitoral do PS que está a ser coordenado por João Tiago Silveira, responsável pelo gabinete de estudos do partido.
Apesar de o número de trabalhadores do Estado estar a subir de forma líquida desde 2015, o que significa que as contratações superam as saídas, a idade média dos trabalhadores continuou a aumentar e atingiu os 47,4 anos no final do ano passado, como mostrou o último Boletim Estatístico do Emprego Público.