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Governo admite subir proposta sobre aumentos salariais
O Governo não dá como encerradas as negociações sobre os aumentos salariais da Função Pública, que continuam na segunda-feira. Pode haver "nuances", diz o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto.
O secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, admite rever a proposta de aumentos salariais da Função Pública, que contempla um aumento de cerca de 1% abaixo dos 700 euros – sete euros brutos por mês - e de 0,3% para os restantes.
"O Governo não faz simulação de propostas. A nossa proposta é séria e vai até onde pode ir", respondeu o secretário de Estado da Administração Pública, justificando: "o que estamos a fazer estamos a fazer depois de contabilizadas todas as alterações orçamentais que foram feitas pela Assembleia da República".
Mas sublinhou: "Da mesma forma que o Governo não faz propostas não sérias (…) também não faz simulações de negociação. E portanto estamos abertos a contrapropostas pelo menos de duas estruturas sindicais e a negociação continua", disse.
"A nossa proposta consubstancia aquilo até onde achamos que podemos ir mas pode ter nuances e esperamos as contrapropostas para as podermos avaliar", acrescentou.
José Couto confirmou que a proposta de atualização salarial que está em cima da mesa vai custar 87 milhões de euros.
"É preciso dar passos que não se resumam só a salários", disse, falando vagamente em medidas de "valorização" dos funcionários públicos.
O Governo anunciou esta segunda-feira aos sindicatos da Função Pública que o aumento salarial será de 7 euros, pouco mais do que 1%, para os dois níveis mais baixos da tabela remuneratória.
Inicialmente, o Governo tinha anunciado um aumento transversal de 0,3% para todos os funcionários públicos. Acima dos 700 euros é esse o valor que se mantém.