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Fesap contraria Frente Comum e diz que pode haver progressões para quem tem aumentos

Contrariando radicalmente as declarações da Frente Comum (CGTP), a Fesap disse aos jornalistas que o Governo mostrou disponibilidade para garantir progressões aos funcionários que vão ter aumentos salariais, passando para os 635 euros.

Mariline Alves/Cofina
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Ou o Governo disse coisas diferentes no espaço de poucas horas ou alguém percebeu mal. Contrariando a versão transmitida pela Frente Comum (CGTP), a Fesap (UGT) garante que o Governo ainda não descartou a hipótese de garantir progressões nas carreiras mesmo aos funcionários que vão ter aumentos.

 

Em causa está a questão de saber se os funcionários que recebem menos de 635 euros, e que vão agora passar para este nível remuneratório, que passará a ser o mínimo na administração pública, também terão direito a progredir, sempre que tenham reunido os dez pontos da avaliação de desempenho. Pode ser a diferença entre ficar nos 635 euros ou passar para os 683 euros. A dúvida subsiste há várias semanas, mas à saída da primeira reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, a Frente Comum disse aos jornalistas que o Governo disse de forma clara que quem tem aumentos não terá progressão.

 

Mas à saída da segunda reunião com o Governo, também esta quinta-feira, José Abraão, da Fesap, disse o contrário.

 

"Eu não estou sozinho e a nós não nos foi dito isso. A nós o que nos foi dito foi que havia sensibilidade, havia vontade por parte do Governo para encontrar uma solução, nem que seja no texto preambular, dizendo claramente que os trabalhadores que têm dez créditos contarão ou não. E nós queremos saber a solução".

 

Sensibilidade para estudar o assunto ou garantias de progressão? "Mostrou sensibilidade, porque é uma injustiça – foi isso que nos foi dito – para garantir os dez créditos. E mais ainda: trazer aqueles que mudaram em 2018 para os 635 euros para eventualmente ainda poder haver alguma correcção. Não posso dizer coisa diferente do que ouvimos", disse. 

 

"O que eu digo é que o Governo manifestou sensibilidade para equacionar uma solução que evite injustiças nomeadamente aos trabalhadores que já têm dez pontos. A solução não a temos", disse.

 

E o Governo já tem? "Como não terá (...) o que exigimos é que com a publicação do decreto-lei tem de estar claro lá no diploma – ou de outra forma qualquer – que os trabalhadores que têm dez pontos e ganharam o direito a mudar no dia a 1 de Janeiro de 2019 não os vão perder", podendo progredir.

 

O Negócios pediu ao Ministério das Finanças para esclarecer oficialmente o que foi dito e qual será a solução, mas ainda aguarda resposta.

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