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Estado criou menos emprego no ano passado

As administrações públicas fecharam o ano com mais 7,7 mil trabalhadores (+2%), o que representa o ritmo de criação de emprego mais baixo dos últimos quatro anos.

A possibilidade de pré-reformas para os funcionários públicos gerou grande expetativa, mas os programas setoriais acabaram por não avançar.
Rodrigo Antunes/Lusa
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O emprego no Estado continua a subir mas a um ritmo mais lento. No ano passado, o emprego público subiu 2%, o que representa mais 7,7 mil trabalhadores, o crescimento anual mais lento desde 2017, segundo revelam os dados publicados esta segunda-feira pela DGAEP.


Assim, no final de dezembro as administrações públicas tinham 733,5 mil postos de trabalho, com as autarquias (+3,3%) a criarem mais emprego do que administração central (1,6%).

Em média, o emprego cresceu 2% em termos homólogos, a taxa mais baixa registada num trimestre desde meados de 2018. É preciso recuar a 2017 para encontrar uma taxa anual tão baixa no trimestre terminado em dezembro.
 



De uma forma geral, a criação líquida de 7,7 mil empregos no ano passado compara por exemplo com a criação líquida de quase 20 mil empregos no ano anterior (o primeiro da pandemia).

"Em termos homólogos, a variação de +2,0% no emprego público resultou essencialmente do aumento na administração central (+1,6%, correspondente a mais 8 904 postos de trabalho) e na administração local (+3,3%, correspondente a mais 4 025 postos de trabalho)", diz a DGAEP.

"Na administração central, o aumento de emprego verificou-se essencialmente nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS (+3 156), nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (+2 337), nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (+1 798) e também nas Forças de Segurança (+910)".

Estes dados, que se baseiam na informação enviada pelos serviços, apontam, ainda assim, para uma criação de emprego mais significativa do que os que foram revelados pelo INE com base na informação da CGA e da Segurança Social. O INE concluia que o emprego público estagnou no ano passado.


Salários sobem 0,5%

Por outro lado, em outubro do ano passado o vencimento total médio (incluindo suplementos) subia 0,6%, para 1.800 euros brutos por mês. 

Nessa altura, a inflação era já mais elevada. 

O chamado "ganho", que inclui suplementos", até recuou face aos trimestres anteriores.

A variação do salário médio é influenciada não apenas pela política remuneratória mas pelo salário dos novos contratados e das pessoas que se reformam.

O salário base médio situou-se nos 1.541 euros brutos por mês.

Notícia atualizada e corrigida para explicar que o ganho total é de 1.800 euros (os 1.541 euros inicialmente referidos correspondem ao salário base)
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