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Despesa com funcionários públicos no PIB bate mínimo de quase 30 anos

O peso dos salários do Estado na economia voltou a baixar três décimas no ano passado, alargamento o leque de argumentos à disposição do Governo e da esquerda parlamentar para discutirem os aumentos salariais em 2018.

Miguel Baltazar/Negócios
26 de Março de 2018 às 10:11
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A despesa com pessoal no Estado português continua acima da média da Zona Euro (9,9%), mas o peso equivalente a 11% do PIB registado em 2017 é a diferença mais curta para os países da moeda única desde, pelo menos, 1995. E há quase 30 anos que este rácio não era tão reduzido.

 

Os cálculos feitos pelo Público, com base na estimativa apresentada na semana passada pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP), mostram que o crescimento da economia em 2017, o congelamento salarial e das progressões, a subida de apenas 0,8% no número de funcionários e a substituição dos que se reformaram por outros mais mal pagos compensaram a reversão nos cortes salariais que vigoravam desde o início da década.

 

Estes dados vêm ajudar à discussão antecipada já das negociações para o Orçamento do Estado para 2019, em torno da actualização dos salários no Estado. Os partidos à esquerda do PS já começaram a listar esta reivindicação, a aplicar em ano de eleições legislativas, enquanto o Governo já começou a preparar os parceiros parlamentares para a probabilidade de manter o congelamento salarial no próximo ano, até para não ser acusado de "puro eleitoralismo".

 

Através de um governante, não citado pelo mesmo jornal, o Executivo liderado por António Costa fez saber há uma semana que, em termos de melhoria remuneratória para os funcionários públicos, não haverá novidades além do já previsto descongelamento das carreiras, embora as progressões estejam a deixar a Função Pública em pé de guerra. E até invocou a "memória de 2009", lembrando que José Sócrates aumentou a Função Pública em 2,9%, acima da inflação, "em ano eleitoral e em plena crise".

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