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Descongelar carreiras de enfermeiros custa 23 milhões

O Governo destaca o impacto favorável que o descongelamento das progressões previsto para 2018 terá no caso dos enfermeiros. Negociações com representantes dos enfermeiros prosseguem.

Ricardo Castelo
14 de Setembro de 2017 às 16:40
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O descongelamento da carreira de enfermagem deverá custar 23 milhões de euros ao Estado. Esta é apenas uma das reivindicações dos enfermeiros, que mantêm um diferendo com o Governo. O Executivo acredita que nos próximos dias será possível chegar a acordo para pôr fim à greve, com o primeiro-ministro a destacar que o descongelamento da carreiras "será especialmente benéfico no caso dos enfermeiros". 

O relatório que mede o impacto do descongelamento de 40 carreiras na Função Pública, preparado no Ministério das Finanças, apresenta informação sobre cada uma das carreiras, entre elas a dos enfermeiros.

Segundo os dados ali publicados, ficaram sem avaliação 27.584 enfermeiros desde 2010. Os serviços reportaram à secretaria de Estado da Administração Pública que o custo do descongelamento das carreiras destes profissionais atinge os 30 milhões de euros. No entanto, as Finanças corrigiram este valor de alguns erros detectados no processo de levantamento do impacto e chegaram à conclusão que o descongelamento da carreira de enfermeiros terá um impacto na despesa pública de 23 milhões, menos sete milhões do que o cálculo feito pelos serviços. Além disso, existem ainda 6,9 milhões de euros em promoções a atribuir a enfermeiros que não foram atribuídas no passado.

Para o chefe do Governo esta é uma matéria em que os enfermeiros sairão claramente a ganhar. "
O descongelamento de carreiras será especialmente benéfico no caso dos enfermeiros, já que têm um sistema de avaliação e de pontuação majorado relativamente aos outros quadros da Administração Pública. O impacto será mais positivo", disse António Costa aos jornalistas, na quarta-feira à noite, depois de uma reunião com o grupo parlamentar do PS.

Além do descongelamento de carreiras existem outras matérias em cima da mesa que estão a ser negociadas entre os representantes dos enfermeiros e o Executivo, tais como a aplicação do horário das 35 horas semanais para os trabalhadores com Contrato Individual de Trabalho e a diferenciação económica para enfermeiros especialistas.

Segundo o Sindicato dos Enfermeiros a greve já adiou seis mil cirurgias, avança a Lusa.
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