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Criação de emprego no Estado abranda
O número de trabalhadores do Estado registou um novo máximo, mas por pouco. Em termos homólogos o emprego está agora a crescer ao ritmo mais baixo desde setembro de 2018.
O emprego público continuou a subir no segundo trimestre do ano, embora a um ritmo menos acentuado do que nos últimos tempos. O número de trabalhadores das administrações públicas aumentou 1,5% em termos homólogos, o ritmo mais baixo desde setembro de 2018.
Trata-se de um novo máximo na série que cobre mais de dez anos, embora os 741.698 trabalhadores das administrações públicas pouco tenham evoluído face aos números registados no primeiro trimestre.
Os dados publicados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, ainda provisórios, mostram que o aumento homólogo foi superior na administração regional e local (2,7%) do que na administração central (1,1%).
Na administração central, onde em termos absolutos o número é mais significativo, "entre as carreiras que mais contribuíram para o aumento homólogo" a DGAEP salienta "as carreiras de educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário (+1 571), de técnico superior (+1 295), de enfermeiro (+990), de assistente operacional (+781) e das forças de segurança (+772)".
Salários sobem 1%
Estes dados, criados a partir daquilo que os serviços comunicam, indicam ainda que o ganho médio do total das administrações públicas, que além do salário base inclui as outras componentes, estava a subir 1% em abril, em termos homólogos, para 1.819 euros brutos em média.
Já o salário base subia em média 1,5% em termos homólogos, "por efeito conjugado da entrada e
saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios e da atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida(RMMG) e do valor da base remuneratória".
Tal como o Negócios noticiou na semana passada, a inflação está a afetar mais o salário médio da Função Pública, com um recuo real de 6,2% no segundo trimestre, mais do que no setor privado.
O Governo recusou atualizações intercalares além dos 0,9% decididos em outono passado. Por outro lado, este ano os funcionários das carreiras gerais não têm progressões.
Notícia atualizada com mais informação às 19:19