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PS não vê para já necessidade de mais medidas para mitigar inflação
O Partido Socialista acredita que as medidas tomadas pelo Governo para aliviar o aumento dos preços são suficientes excluindo novas iniciativas no âmbito do Orçamento do Estado. Mais à frente, se for necessário, avançam mais apoios.
Para já, o PS não encontra motivos para apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2022 com o objetivo de mitigar os efeitos da subida da inflação, mas admite que tal possa ser necessário mais à frente, consoante a evolução dos preços.
"As medidas que estão no Orçamento do Estado para mitigar o efeito do fenómeno inflacionista e são suficientes", afirmou o líder da bancada parlamentar do SP, Eurico Brilhante Dias, durante a apresentação das propostas de alteração ao documento que está em discussão no Parlamento.
A inflação atingiu em abril os 7,3%, em termos homólogos, o valor mais elevado desde março de 1993 parcialmente justificado pelos aumentos da energia, com a variação do índice relativa aos produtos energéticos a subir 26,7%, o valor mais elevado desde maio de 1985. Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 9,4%.
Questionado se o partido que apoio o Governo em maioria absoluta considera que não é necessário avançar com novas medidas (além dos descontos nos combustíveis ou do apoio único de 60 euros a famílias mais carenciadas), Brilhante Dias afirmou que "acreditamos que estas [medidas] respondem ao efeito inflacionista que sentimos", não afastando, contudo, mais medidas no futuro. "Perante a incerteza e em função da evolução da inflação podem ser ponderadas novas medidas", sublinhou.
O líder da bancada socialista insistiu por outro lado que a inflação será temporária. "Como dizem todas as instituições, a inflação é um fenómeno temporário e devemos observar, em termos homólogos, uma redução no segundo semestre", justificando a ausência de propostas de alteração nesse sentido.