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Pedro Nuno Santos promete avanços no Orçamento do Estado mas alerta para restrições

Pedro Nuno Santos promete avanços no Orçamento do Estado

Miguel Baltazar
26 de Agosto de 2017 às 14:50
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O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares assegurou hoje a inclusão de avanços no Orçamento do Estado para 2018, mas avisou que têm de ser sustentáveis, considerando que o Governo e os partidos parceiros ganharam confiança uns nos outros.

Em declarações aos jornalistas depois de ter assistido a um painel da rentrée do BE, em Lisboa, Pedro Nuno Santos admitiu que o Governo português "gostaria de fazer muito mais do que aquilo" que fará no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), mas a verdade é que têm restrições.


"Não percamos de vista: há avanços que nós queremos incluir neste orçamento, não queremos que esses avanços ponham em causa o programa que está a ser implementado em Portugal e isso é não incumprirmos as restrições orçamentais que nós enfrentamos", enfatizou o secretário de Estado responsável pelas negociações do OE2018 com os partidos que parlamentarmente apoiam o Governo socialista.


Por isso, Pedro Nuno Santos explica que "esse avanço" em termos orçamentais tem que ser feito com sustentabilidade e com responsabilidade, não adiantando valores em termos, por exemplo, do alívio fiscal.


O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares - que se sentou ao lado da coordenadora do BE, Catarina Martins, a assistir ao painel - considera que a relação entre o Governo socialista e PCP, BE e PEV "só é mais fácil hoje do que era em 2015" porque hoje as partes envolvidas sabem "trabalhar em conjunto".


"Ganhámos confiança uns nos outros, temos dois anos de trabalho em conjunto e só por isso é mais fácil porque a negociação é sempre exigente, é sempre dura", admitiu


No entanto, na opinião de Pedro Nuno Santos, "ficou claro já nas primeiras reuniões para o orçamento" que há vontade de todos em conseguir "construir um bom orçamento, de o aprovar".


"O BE, o PCP, o PEV são três partidos exigentes na sua relação com o PS, exigentes, reivindicativos, duros na negociação, mas esse é um trabalho que fazemos desde o início e que temos feito com sucesso", referiu.


O governante destacou o trabalho que está a ser feito "em conjunto" e que é "muito importante no país", onde "finalmente as pessoas têm a esperança e até a certeza de que é possível viver melhor".


"O BE é um partido não só muito importante na democracia, mas também muito importante desta maioria que nós hoje temos em Portugal e eu tinha gosto em estar aqui presente e assistir a um dos painéis com um debate muito importante", justificou.


O Fórum Socialismo não é uma novidade para Pedro Nuno Santos, que em 2012, bem antes das funções governativas e então como deputado do PS, foi orador na abertura daquela iniciativa bloquista.


Na altura em que Portugal estava sob intervenção externa, o socialista defendeu que o país deveria negociar a reestruturação da dívida com a 'troika', afirmando então que toda a gente, mesmo na direita, o defendia, mas não usava a palavra renegociação.


Já como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, esta não foi a primeira vez que esteve presente nas ‘rentrées' políticas dos partidos de esquerda que apoiam parlamentarmente o Governo socialista tendo estado, por exemplo, o ano passado na 40.ª Festa do Avante!, onde afirmou que se encontrava a passear "com muito prazer" e elogiou o "exigente" PCP, "grande partido da democracia portuguesa".

 

 

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