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João Leão: "Não vamos interpretar meta do défice de forma rígida"

Mais do que cumprir as metas do défice previstas para este ano, o Governo está mais preocupado com a estabilização da economia, assegurou hoje o ministro das Finanças. João Leão, que está a defender o orçamento suplementar no Parlamento, disse ainda que a auditoria ao Novo Banco deve chegar já em Julho.

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O ministro das Finanças disse hoje que o Governo não fará uma "interpretação rígida" das metas do défice incluídas no orçamento suplementar, adiantando que a "preocupação maior" está com a estabilidade das empresas e proteção dos trabalhadores. 

"O nosso compromisso é com a estabilização da economia: não vamos interpretar de forma rígida as metas do défice. Vamos deixar atuar naturalmente os estabilizadores automáticos. Teremos maior preocupação com a estabilização das empresas e com o rendimento das famílias", afirmou João Leão, nesta quarta-feira, 17 de junho, no debate na generalidade sobre o orçamento suplementar.

O ministro respondia ao deputado do PSD Duarte Pacheco que lembrou a diferença entre as previsões macroeconómicas do Governo, em que assenta o orçamento suplementar, e de outras instituições, como o Banco de Portugal. E questionou se o Governo prevê manter as metas do défice caso a recessão económica seja pior do que o previsto. "Como é que o fará? Com o reforço de cativações?", questionou. 

Estamos estupefactos com as declarações do presidente do Novo Banco. João Leão, ministro das finanças

Auditoria do Novo Banco será conhecida em julho

O ministro de Estado e das Finanças anunciou também que a auditoria à gestão do Novo Banco deverá ser conhecido em julho e que o Estado não fará uma nova injeção de capital no banco antes de conhecer os resultados.

"O resultado da auditoria está previsto para julho e não haverá nenhuma nova injeção sem sair o resultado dessa auditoria", afirmou João Leão.
 
O ministro respondia assim à deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua que, na sua intervenção, defendeu que esta é uma "boa altura para garantir que não haverá nenhum apoio extraordinário ao Novo Banco, nem que nenhuma injeção será feita no Novo Banco sem ser conhecida antes da auditoria às suas contas".

O tema Novo Banco foi introduzido no debate parlamentar logo na primeira ronda de questões colocadas pelos deputados pelo PSD. O deputado Duarte Pacheco quis saber se o ministro das Finanças, também ficou estupefacto com as declarações do presidente do Novo Banco, tal como admitiu ficar o Presidente da República.

Na resposta, João Leão admitiu que sim. "Estamos estupefactos com as declarações do presidente do Novo Banco, sim", disse, reiterando as declarações que fez ontem, na audição na comissão parlamentar de orçamento e finanças.
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