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Défice que interessa a Bruxelas caiu para 3,2% no primeiro trimestre

Boas notícias para o Governo. O défice em contabilidade nacional fixou-se em 3,2% do PIB no primeiro trimestre do ano, o que se traduziu numa redução face ao rácio verificado no mesmo período do ano passado, revelou o INE.

Miguel Baltazar
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O défice em contabilidade nacional fixou-se em 3,2% do PIB até Março, abaixo dos 5,5% verificados um ano antes, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. Esta é uma boa notícia para o Ministério das Finanças.
 
"A necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) diminuiu, passando de 4,4% do PIB no ano acabado no 4º trimestre de 2015 para 3,8%. Esta melhoria do saldo das AP resultou do efeito conjugado do aumento de 0,5% da receita e de uma redução de 0,6% da despesa. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP fixou-se em -3,2% do PIB no 1º trimestre de 2016 (-5,5% no trimestre homólogo)", adiantou o instituto estatístico.

Este valor mostra uma tendência de descida no défice, medido na óptica que interessa a Bruxelas e que serve para aferir o cumprimento das metas orçamentais.

O défice no primeiro trimestre fica até ligeiramente abaixo do ponto central do intervalo estimado pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que apontava para um défice de 3,3% do PIB.

Os técnicos do Parlamento consideram que esta estimativa "não coloca necessariamente em causa o cumprimento" da meta anual do défice que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado, e que é de 2,2%.  

Subida de impostos e descida do investimento explicam melhoria do défice

O INE explica que "tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das Administrações Públicas situou-se em cerca de -1.406,1 milhões de euros no primeiro trimestre de 2016, correspondente a -3,2% do PIB".

"No mesmo trimestre do ano anterior o saldo fixou-se em -5,5% do PIB (-2.344,6 milhões de euros)", lembra o instituto esatatístico, acrescentado que "verificou-se um aumento da receita total (2,3%) e uma diminuição mais acentuada da despesa (2,7%)".

"Do lado da receita, destaca-se o aumento da receita com impostos sobre a produção e importação (9,3%), que atingiu 14,6% do PIB. Do lado da despesa são de salientar o decréscimo da despesa de capital (26,1%), decorrente sobretudo da diminuição do investimento face ao período homólogo, e da despesa com juros (11,1%)", detalha o INE. 

(Notícia actualizada às 11:31)


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